Facebook tem ranking de reputação de usuários que delatam notícias falsas

O objetivo é identificar os usuários que avisam de maneira honesta o que é ou não confiável  

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O Facebook está criando um ranking de usuários que mede a reputação na rede social. Funciona com uma escala de 0 a 1 para identificar quais usuários são mais confiáveis quando se trata de denúncias de material falso. O objetivo é identificar os usuários que avisam de maneira honesta o que é ou não notícia falsa – no esforço de evitar o problema na plataforma. 

Esse sistema de classificações foi desenvolvido no ano passado, mas o Facebook nunca havia o reportado. É mais uma prova que a luta contra as fake news e qualquer material desonesto alcançou outro patamar.  

Tessa Lyons, gerente de produto do Facebook na área de desinformação, disse em entrevista ao The Washington Post que a empresa confia no que seus usuários reportam como conteúdo problemático. Mas agora que as pessoas conseguem marcar com mais facilidade o que é falso ou não, alguns usuários começaram a dizer que informações verdadeiras são mentirosas, uma nova virada na guerra de informações.

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“Não é incomum que as pessoas nos digam que algo é falso simplesmente porque não concordam com a premissa de uma história ou estão tentando intencionalmente prejudicar um determinado veículo”, disse Lyons.

Em 2015, o Facebook deu aos usuários a possibilidade de denunciar postagens falsas. Uma aba no canto superior direito de cada postagem permite que as pessoas reportem conteúdo problemático por vários motivos, incluindo pornografia, violência, vendas não autorizadas, incitação ao ódio e notícias falsas.

Não está claro quais outros critérios são usados para determinar a pontuação de um usuário – além dessa escala de 0 a 1. 

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As empresas de tecnologia têm um longo histórico de uso de algoritmos para fazer todos os tipos de previsões sobre as pessoas, incluindo a probabilidade de comprar produtos e se estão usando uma identidade falsa. Mas à medida que a desinformação se prolifera, as empresas estão fazendo escolhas editoriais cada vez mais sofisticadas sobre quem é confiável – ou não. 

A pontuação serve para que a empresa forneça mais algoritmos para ajudar a decidir quais histórias devem ser revisadas. “Se as pessoas relatassem apenas coisas falsas, esse trabalho seria mais fácil. Mas as pessoas costumam marcar coisas com as quais simplesmente não concordam”, reitera.

O InfoMoney entrou em contato com o Facebook para entender melhor esse ranking. “Não temos uma classificação geral de reputação de usuários e a manchete do Washington Post é incorreta. O que estamos fazendo é: desenvolvemos um processo para proteger nossa comunidade de pessoas que denunciam de forma indiscriminada conteúdos como sendo falsos na tentativa de burlar as regras da plataforma. Fazemos isso para ter certeza de que nossa luta contra a desinformação seja mais efetiva”, afirmou a empresa em nota. 

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.