Eztec (EZTC3): ‘O destino da subsidiária EZ Inc. é ter capital aberto’, diz CFO

Emílio Fugazza participou de live do InfoMoney e falou sobre lançamentos, foco na classe alta e média-alta, inflação e Selic

Renan Crema

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Emílio Fugazza, CFO da Eztec (EZTC3), descartou em live do InfoMoney a possibilidade de a companhia realizar no médio prazo uma nova oferta de ações (follow on), como ocorreu em 2019, quando ela captou R$ 979 milhões. O executivo, no entanto, disse que a construtora pretende realizar o IPO da EZ Inc., seu braço de empreendimentos corporativos.

“Já tateamos o mercado no ano passado para tornar a EZ Inc. pública. É um desejo da companhia que em algum momento isso aconteça. O destino dela é ser de capital aberto, mas não estamos falando de agora e nem temos guidance para isso”, afirmou o diretor financeiro.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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A Eztec havia anunciado em agosto de 2021 um programa de recompra de pouco mais de 5 milhões de ações e, na mesma oportunidade, iniciou um segundo programa com o mesmo objetivo, para adquirir outras 5 milhões. Segundo o CFO da construtora, aproximadamente metade dos 10 milhões de papéis que a Eztec tem a possibilidade de obter, já foi comprado.

Na opinião de Fugazza, é “meio constrangedor o valor da ação na Bolsa ser equivalente ao patrimonial da Eztec, porque não representa a verdade do nosso balanço”, pois, segundo ele, apenas o estoque de imóveis que a construtora já tem prontos “vale quase o dobro do que está contabilizado no balanço. “Entendemos que isso é uma ansiedade do investidor e sabemos o quanto isso dói”, completou.

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Foco na alta renda

A elevação nos custos da construção civil, principalmente ao longo de 2021, fez com que a Eztec buscasse atuar com mais força nos seus empreendimentos voltados às classes média-alta e alta, mas, para Fugazza, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) tem dado sinais de arrefecimento, o que, junto com a queda na taxa de câmbio, pode fazer com que os custos retrocedam, em especial em São Paulo e região metropolitana, onde estão concentrados o landbank (banco de terrenos) e os empreendimentos em andamento da companhia.

“No meio do ano passado, ele [o INCC] chegou a bater 17% em 12 meses, mas, os índices divulgados em 2021 já indicam um digito único, para permanecer assim ao longo desse ano. E a diferença de 1 real por dólar também vai fazer uma diferença muito positiva para mantermos os custos e não prejudicar o consumidor com um INCC mais alto”, falou Fugazza.

A política de dividendos da empresa, que distribuiu R$ 100 milhões aos acionistas no final do mês passado, também foi abordada na live, assim como os impactos da alta da taxa Selic e da inflação, que diminuíram o poder de compra do brasileiro.

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O CFO explicou como esse conjunto afeta os custos da construção civil e, consequentemente, os resultados e projeções de vendas da construtora e afirmou também que “não é hora de pensar em deixar São Paulo, mas de nos tornarmos predominantes no mercado em que já atuamos”. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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