Exchange cripto Bybit anuncia interrupção da oferta de derivativos no Brasil após Stop Order da CVM

Corretora estrangeira ressalta, contudo, que segue oferecendo demais serviços de trading de ativos digitais no país

Paulo Barros

(Divulgação)

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A exchange de criptomoedas Bybit anunciou hoje que interromperá, a partir de 7h de quinta-feira (15) a oferta de produtos de derivativos para brasileiros, em conformidade com o alerta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que emitiu uma Stop Order contra a empresa no dia 5 de setembro.

Em Ato Declaratório, a autarquia afirmou que a Bybit estaria captando clientes de forma irregular, já que não possui licença para oferecer derivativos a residentes no país – apenas a B3 conta com essa permissão.

Ao acessar a plataforma configurada para “português brasileiro”, a página exibe uma mensagem avisando sobre a mudança, e recomendando ao usuário que “gerencie suas posições e/ou ordens antes desta data”. A empresa, no entanto, afirma que a medida “não irá implicar em nenhum tipo de bloqueio dos ativos de derivativos depositados por nossos traders”.

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A reportagem procurou a Bybit para esclarecer se a restrição irá considerar também o endereço do usuário, e se as posições abertas serão fechadas automaticamente amanhã, mas não recebeu resposta até a publicação.

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Site da Bybit agora exibe mensagem para brasileiros alertando sobre limitação de derivativos

Em nota, a corretora diz que mantém diálogos com a CVM para resolver a questão e que a “discussão tem sido produtiva”. “Por esta razão, estamos limitando a negociação de derivativos a partir desse momento”, afirma o comunicado.

A Bybit ressalta, no entanto, que seus demais produtos de criptos, como as negociações de ativos no mercado à vista, seguem funcionando normalmente, “em conformidade com as devidas regulações locais”.

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“Estamos comprometidos com a construção dos nossos negócios no mercado brasileiro e pretendemos continuar no mercado no longo prazo, trabalhando em conjunto com os devidos órgãos reguladores”, comenta Ben Zhou, cofundador e CEO da Bybit.

Com sede em Dubai e considerada uma das três maiores corretoras de derivativos cripto do mundo, a Bybit entrou no Brasil em abril após anunciar um investimento de US$ 50 milhões, na tentativa de procurar um espaço no disputado terreno dominado atualmente também estrangeira Binance.

A empresa não divulga números do mercado brasileiro, mas, globalmente, já alcançou a marca de 10 milhões de usuários – para comemorar, está zerando taxas de trading na plataforma.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos