Evergrande: gigante chinesa de construção aciona lei de proteção contra falência nos EUA

Chapter 15, capítulo da lei das falências americanas, é destinado a lidar com os processos de recuperação judicial internacionais

Equipe InfoMoney

China Evergrande Centre, em Hong Kong 25/08/2021 REUTERS/Tyrone Siu

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Instagram China Evergrande Group entrou com o conhecido “Chapter 15” em Nova York na quinta-feira, uma medida que protege seus ativos nos EUA dos credores.  A Evergrande é a segunda maior empresa imobiliária da China em vendas.

O capítulo  da lei das falências americanas é destinado a lidar com os processos de recuperação judicial internacionais, originados em outros países.

A petição do Capítulo 15 da construtora residencial chinesa faz referência a procedimentos de reestruturação em Hong Kong e nas Ilhas Cayman. Sua unidade Scenery Journey também entrou com pedido de proteção do Capítulo 15, junto com a afiliada Tianji Holdings.

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Acordos internacionais de reestruturação de dívidas às vezes exigem a entrada pelo Capítulo 15 durante a finalização de uma transação.

No ano passado, a incorporadora Modern Land China Co., com sede em Pequim, também acionou o Capítulo 15, depois de entrar com pedido de reembolso de um título de US$ 250 milhões e dizer que seguiria em frente com um acordo de reestruturação de dívida offshore.

A Evergrande trabalha há meses para concluir um plano de reestruturação de dívida offshore. A empresa divulgou em abril que ainda não tinha o nível de suporte necessário dos credores para implementar o plano. Em julho, recebeu autorização judicial para realizar votações sobre o acordo. As reuniões estão marcadas para o final deste mês.

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A Evergrande entrou em default pela primeira vez em um título em dólar em dezembro de 2021, após meses de incerteza sobre suas finanças. As dificuldades da empresa ajudaram a desencadear a onda inicial de preocupações sobre o setor imobiliário da China, que continua crescendo.

Um advogado de falências de Evergrande não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg.

(com Bloomberg)