EUA preparam pacote de investimentos de US$ 3 trilhões e governo Biden pode separar em dois projetos

Se dividido em dois, o primeiro seria para investimentos em infraestrutura e em energia limpa, e o segundo para cuidados com a infância e educação

Rodrigo Tolotti

Presidente dos EUA, Joe Biden (REUTERS/Tom Brenner)

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SÃO PAULO – Após a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão de ajuda ao combate à pandemia do coronavírus, os Estados Unidos agora devem avaliar uma nova proposta focada na recuperação econômica em um valor estimado de US$ 3 trilhões.

Segundo o The New York Times, o pacote deve ser anunciado ainda esta semana, mas o governo do presidente Joe Biden avalia a possibilidade de fatiar este projeto em duas propostas separadas.

O foco deste novo plano, segundo jornais americanos, é injetar dinheiro na economia dos EUA na expectativa de renovar a infraestrutura do país, combater a mudança climática e impulsionar a recuperação econômica.

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Se dividido em duas propostas, o primeiro pacote seria para investimentos em infraestrutura tradicional e em energia limpa, enquanto o segundo seria voltado em cuidados com a infância e educação, incluindo financiamento para universalizar a pré-escola e faculdades comunitárias gratuitas.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse na segunda-feira que Biden não havia decidido como proceder. Em uma declaração à NBC News, ela afirmou que o presidente e sua equipe estão “considerando uma série de opções potenciais para investir em famílias trabalhadoras e reformar nosso código tributário para recompensar o trabalho, não a riqueza”.

“Essas conversas estão em andamento, então qualquer especulação sobre propostas econômicas futuras é prematura e não um reflexo do pensamento da Casa Branca”, disse ela.

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Biden já havia indicado que lançaria um pacote de investimentos em fevereiro, mas acabou esperando para deixar que o Congresso deixasse seu foco sobre o plano de estímulos de US$ 1,9 trilhão.

Porém, dessa vez, o presidente e a ala democrata devem enfrentar maiores dificuldades do que no primeiro pacote. Como destaca o Financial Times, embora os republicanos do Congresso tenham várias vezes manifestado interesse em aprovar mais gastos em infraestrutura, eles resistem em subir impostos e outras iniciativas de gastos internos.

Entre suas propostas de campanha, Biden falou em subir a alíquota de imposto da pessoa jurídica de 21% para 28%, e elevar os impostos das pessoas físicas que ganham mais de US$ 400 mil ao ano.

Embora os políticos de ambos os partidos concordem que a infraestrutura dos EUA precisa de apoio, eles não chegaram a um consenso sobre quais itens pagar e como melhor financiar um pacote de ajuda.

Alguns moderados, incluindo o senador conservador democrata Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, deixaram claro que só votarão em um plano que faça uma tentativa genuína de bipartidarismo e seja quase totalmente pago.

Os democratas aprovaram o pacote recente de ajuda à pandemia por conta própria por meio da reconciliação do orçamento, e alguns membros do caucus apoiaram o uso do processo para aprovar um plano de infraestrutura.

Biden se reuniu com senadores bipartidários para tratar sobre infraestrutura no início deste mês. Um grupo de 20 senadores de ambos os partidos também se reuniu na semana passada para discutir como proceder na próxima grande iniciativa política no Congresso, indicando que o assunto já está em andamento, mas mesmo assim ainda passará por um debate complicado no Capitólio.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.