EUA dizem que diplomatas retornarão a Kiev e que ‘Rússia falhou’ em objetivos da guerra

Secretários de Defesa e de Estado dos EUA visitaram a capital da Ucrânia e elogiaram o sucesso do país até agora em se defender da invasão

Reuters

Ucrânia no mapa (Imagem: Getty Images)

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Os Estados Unidos prometeram nesta segunda-feira (25) reabrir em breve sua embaixada em Kiev, enquanto o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e o secretário de Estado, Antony Blinken, visitaram a capital da Ucrânia e elogiaram o sucesso do país até agora em se defender da invasão da Rússia.

Austin e Blinken disseram que o fato de terem conseguido ir a Kiev é prova da tenacidade da Ucrânia em forçar as tropas russas a abandonar um ataque à capital no mês passado e prometeram mais ajuda para o combate que se concentra no leste do país.

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“O que vocês têm feito para repelir os russos na batalha de Kiev é extraordinário e inspirador, francamente, para o resto do mundo”, disse Austin ao presidente Volodymyr Zelensky em uma reunião à noite, após uma viagem de trem a partir da Polônia. “Estamos aqui para apoiá-los de todas as maneiras possíveis.”

Blinken afirmou que “a razão pela qual estamos de volta é vocês, por causa da extraordinária coragem, liderança e sucesso que vocês tiveram em repelir essa horrível agressão russa”.

Autoridades dos EUA prometeram uma nova assistência de US$ 713 milhões para o governo ucraniano e outros países da região. Um extra de US$ 322 milhões ajuda militar à Ucrânia eleva a assistência total de segurança dos EUA desde a invasão para cerca de US$ 3,7 bilhões de dólares, segundo uma autoridade.

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“Será fornecido suporte para as capacidades de que a Ucrânia precisa, especialmente a luta em Donbas”, disse a autoridade. Os EUA também ajudarão as Forças Armadas da Ucrânia a fazer a transição para armas e sistemas de defesa aérea mais avançados, acrescentou a fonte, sob condição de anonimato.

Rússia critica envio de armas

O envio de armas ocidentais para a Ucrânia enfureceu o governo russo. O embaixador da Rússia em Washington disse que Moscou enviou uma nota diplomática enfatizando “a inaceitabilidade desta situação quando os Estados Unidos da América despejam armas na Ucrânia”. “Exigimos o fim dessa prática”.

A reunião entre a delegação dos EUA e os líderes da Ucrânia durou três horas, mais que o dobro do tempo previsto, segundo uma autoridade dos EUA. “Em termos de objetivos de guerra da Rússia, a Rússia já falhou e a Ucrânia já teve sucesso”, afirmou Blinken em um briefing na Polônia, após o retorno.

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A Rússia nega a intenção de derrubar o governo da Ucrânia, mas os países ocidentais dizem que esse era o objetivo do país desde o início da guerra — mas o intuito fracassou diante da resistência ucraniana.

Apenas algumas semanas atrás, Kiev era uma cidade na linha de frente sob toque de recolher e bombardeio, com dezenas de milhares de tropas russas concentradas em seus arredores ao norte. Os moradores passavam noites amontoados em estações de metrô, protegidos da artilharia.

Hoje, as tropas russas mais próximas estão a centenas de quilômetros de distância, a vida normal está voltando à capital, os líderes ocidentais estão visitando-a e os países estão reabrindo suas embaixadas. Blinken disse que os diplomatas dos EUA retornarão primeiro a Lviv, no oeste do país, e devem estar de volta a Kiev dentro de semanas.

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Mas, apesar de a Ucrânia ter repelido o ataque a Kiev, a guerra está longe de terminar. A Rússia reagrupou suas forças e enviou mais tropas para o leste da Ucrânia. Na semana passada, lançou um ataque maciço na tentativa de capturar as províncias orientais conhecidas como Donbas.