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A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez apresentou uma proposta de emenda ao projeto do Orçamento de Defesa dos Estados Unidos para obrigar o governo de Donald Trump a justificar as sanções aplicadas ao Brasil.
A medida solicita que o Departamento de Defesa envie ao Congresso um relatório explicando por que o país seria considerado uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia americana.
O pedido faz referência às tarifas de 50% impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros exportados aos EUA. Na justificativa do decreto, o republicano citou uma “ameaça incomum e extraordinária” representada pelo Brasil, mencionando diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em investigações relacionadas à tentativa de golpe de 2022.
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A proposta de Ocasio-Cortez também pede uma avaliação sobre o impacto dessas tarifas nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, descritos por ela como “as duas maiores democracias do hemisfério”. Apesar da visibilidade do gesto político, a emenda tem poucas chances de ser aprovada, já que os democratas são minoria no Congresso.
O tarifaço entrou em vigor em 6 de agosto e atinge 36% das exportações brasileiras, incluindo carnes, café e máquinas agrícolas. Por outro lado, 43% do valor exportado escapou das alíquotas devido a exceções previstas no decreto, que isentaram derivados de petróleo, ferro-gusa, suco de laranja e produtos de aviação civil, como os da Embraer.
AOC já havia se posicionado sobre o Brasil em outras ocasiões. Em 2023, viajou ao país, reuniu-se com autoridades sobre os ataques de 8 de janeiro e defendeu a divulgação de documentos da inteligência americana sobre a ditadura militar. Também pediu a expulsão de Jair Bolsonaro dos EUA, após a permanência dele em solo americano depois de deixar a Presidência.