EUA atingem teto da dívida, mas criam margem de US$ 200 bilhões

Departamento do Tesouro norte-americano cria medidas para evitar recessão; negociações sobre abismo fiscal serão retomadas nesta quinta-feira

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O Departamento do Tesouro norte-americano postergou seu pedido aos parlamentares para elevar o teto da dívida pública federal. Em carta enviada ao líder da maioria democrata do Senado na última quinta-feira (26), o secretário do tesouro, Timothy Geithner detalhou a iniciativa que afasta o risco do país declarar a suspensão de pagamentos de dívida e de gastos correntes no início de 2013.

Geithner explica na carta as quatro medidas que criam uma margem de US$ 200 bilhões entre o valor atual e o teto da dívida – US$ 16,4 trilhões – definido por lei. Segundo o secretário, essa margem duraria 2 meses em circunstâncias normais, mas com os riscos do país entrar em recessão com o corte automático gastos públicos e a eliminação de benefícios fiscais, não é possível prever a duração das medidas tomadas.

As negociações sobre o abismo fiscal terão continuidade hoje, faltando apenas 4 dias para o prazo final da decisão e o presidente Barack Obama deve fechar um acordo menos ambicioso, com medidas de curto prazo e plano de ajuste de contas públicas somente em 2022.