“Eu amo ouro”: Mark Mobius aposta no metal com queda dos juros

Ele afirmou que o ouro deve sempre fazer parte de uma carteira, com uma participação de pelo menos 10%

Bloomberg

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(Bloomberg) — O investidor veterano Mark Mobius diz que o ouro deve subir ainda mais, provavelmente chegando a US$ 1.500 a onça. A perspectiva de queda das taxas de juros, mais compras dos bancos centrais e a incerteza em torno da geopolítica e das criptomoedas devem impulsionar a demanda.

“Eu amo ouro”, disse Mobius, que fundou a Mobius Capital Partners no ano passado, depois de três décadas na Franklin Templeton Investments. Em entrevista em Cingapura, ele afirmou que o ouro deve sempre fazer parte de uma carteira, com uma participação de pelo menos 10%. “Com a queda das taxas de juros, para onde vamos?”.

A demanda por ouro tem sido forte em 2019, e o metal precioso chegou a subir para o nível mais alto em seis anos, puxado pela desaceleração do crescimento econômico, perspectivas de afrouxamento da política monetária nos Estados Unidos e na Europa e disputas comerciais. A valorização também é explicada pelo aumento das compras por bancos centrais, como da Rússia e da China. Uma recuperação das criptomoedas pode desviar parte da demanda dos investidores rumo à segurança do tradicional ativo, de acordo com Mobius.

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“As taxas de juros estão muito baixas, particularmente na Europa agora”, disse. “Qual o sentido de ter euros com uma taxa negativa? Seria melhor aplicar em ouro, porque o ouro é uma moeda muito melhor.”

O ouro spot – que atingiu US$ 1.439,21 a onça em 25 de junho, a maior cotação desde 2013 – chegou a ser negociado a US$ 1.413,50 na quinta-feira. O metal precioso acumula alta de 10% este ano, em parte impulsionada pela disposição do Federal Reserve de reduzir as taxas nos EUA. Outros bancos centrais sinalizaram novos estímulos. A última vez que o ouro atingiu US$ 1.500 foi em abril de 2013.

Mobius não é o único megainvestidor fã de ouro na atual onda compradora. O bilionário Paul Tudor Jones listou o metal como sua escolha favorita nos próximos 12 a 24 meses, dizendo que os preços poderiam chegar a US$ 1.700 quando ultrapassassem a marca de US$ 1.400. A BlackRock disse no mês passado que o ouro deve terminar o ano com valorização.

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