Estrategista mais preciso em câmbio vê fim da alta do dólar

Desde 30 de junho, o real tem tido um desempenho inferior a todos os pares de mercados emergentes com exceção do peso argentino

Bloomberg

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(Bloomberg) — David Kohl, que acertou na sua previsão de dólar forte e fraqueza do real no terceiro trimestre, está dizendo agora que a desvalorização da moeda brasileira chegou ao fim.

O diretor de estratégia cambial do Julius Baer Group, com sede em Zurique, vê o dólar estável em R$ 4,1 em três meses e em R$ 4,15 em 12 meses. Um ambiente externo benigno e um cenário doméstico mais sólido devem compensar a queda nas taxas de juros domésticas que reduziram os ganhos de carry tarde e contribuíram para a desvalorização do real em 7,4% em 3 meses até setembro. Foi dele a estimativa mais certeira para o real no terceiro trimestre, de acordo com o ranking da Bloomberg.

Desde 30 de junho, o real tem tido um desempenho inferior a todos os pares de mercados emergentes com exceção do peso argentino, o que significa que não está mais supervalorizado, disse Kohl. Além disso, o Banco Central não vair cortar a Selic mais do que uma ou duas vezes, deixando um diferencial atraente para carry trade em relação aos mercados desenvolvidos.

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“Há menos cortes à nossa frente do que atrás”, disse Kohl, acrescentando que a perspectiva de taxas de juros mais baixas foi a principal razão para que eles fossem pessimistas em relação ao real antes do terceiro trimestre. “As chances de uma moeda mais forte agora são muito melhores.”

Kohl disse que os investidores provavelmente vão focar no carry trade nos próximos meses, à medida que a liquidez do dólar melhorar com o esperado corte de juros pelo Fed novamente em outubro e que o acordo comercial entre os EUA e a China aumentar o apetite por ativos de risco.

O estrategista não está preocupado com o ritmo do crescimento econômico como driver para o câmbio e diz que a perspectiva é “sólida” o suficiente. Na verdade, segundo ele, o importante para a moeda brasileira é que a recessão tenha terminado.

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“Não há grandes desequilíbrios para o Brasil”, disse Kohl. “E é por isso que estamos bastante confortáveis ​​com a moeda”.

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