Estrangeira de olho em Fibria, Temer fala de Embraer e Eletrobras, Credit eleva preço-alvo da Petrobras e mais 3 recomendações

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (29)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A segunda-feira começa tendo como destaque três recomendações do Credit Suisse, o grupo asiático-holandês Paper Excellence de olho na Fibria, segundo O Globo e Temer falando sobre Petrobras e Eletrobras. Confira estes e outros destaques desta sessão:

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Embraer (EMBR3) e Eletrobras (ELET3;ELET6)

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente Michel Temer afirmou que o  controle da Embraer continuará com o poder público federal e que a ideia básica é que não haverá perda de controle nem por via direta nem por via indireta. Segundo ele, a Embraer tem simbologia grande para o país, semelhante à Petrobras. 

Já sobre a Eletrobras, ele afirmou que há clima para aprovar a privatização da companhia elétrica. Ainda sobre Eletrobras, vale destacar a matéria do Estadão deste fim de semana, que aponta que a privatização da companhia  já começou a provocar disputa no governo em torno de seu “espólio”. Com orçamento de R$ 100 milhões anuais, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) pode ser assumido por uma estrutura governamental a ser criada, a Agência de Desenvolvimento Energético (ABDE). A agência também assumiria as funções do Conpet, programa de combate ao desperdício de recursos naturais não renováveis, tocado pela Petrobrás.

A defesa da nova agência, que teria sede no Recife, foi feita pelo secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), o pernambucano Eduardo Azevedo, em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A agência seria uma autarquia, a exemplo da Apex, para promoção de exportações e investimentos, e da ABDI, que desenvolve ações sobre a política industrial. Essa iniciativa, porém, enfrenta resistências dentro do governo.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Ministério do Planejamento é contra a proposta e avalia que os programas podem ser assumidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que tem entre suas atribuições a prestação de serviços na área de estudos sobre eficiência. No projeto de lei de privatização da Eletrobras, o governo retirou o Procel das atribuições da companhia e o colocou sob responsabilidade do Poder Executivo. Porém, não definiu qual órgão ficaria com o programa.

Fibria (FIBR3)

De acordo com a coluna Radar, de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o BTG Pactual está com mandato do grupo asiático-holandês Paper Excellence, que comprou a Eldorado Celulose por R$ 15 bilhões em setembro, para comprar a Fibria. Vale destacar que a Fibria dá o pontapé inicial na temporada de balanços do quarto trimestre nesta segunda-feira, divulgando os seus números após o fechamento do mercado. 

IPO

Segundo o Valor Econômico, o governo de Minas Gerais prepara o IPO de R$ 3 bilhões da Codemig, companhia estadual de desenvolvimento econômico.  Dependendo da demanda, o governo de Minas poderá vender de 25% a 49% de sua fatia na empresa. A Codemig confirmou ao Valor que planeja ir à bolsa. A estatal é dona da maior reserva de nióbio do mundo.

Eletropaulo (ELPL3)

Segundo a coluna do Broad, do Estadão, a  Eletropaulo pode ir para a rua com sua oferta subsequente de ações (follow on) já na próxima semana, com a intenção de aproveitar o otimismo dos investidores em relação ao Brasil. A oferta, primária e secundária, será pela instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 476, de esforços restritos, que não precisa de registro e permite uma emissão bastante célere. A ideia é concretizá-la antes do carnaval.

Procurada, a companhia reiterou que avalia a possibilidade de realização de uma oferta pública de distribuição de ações, “dentre outras alternativas disponíveis para o financiamento de suas atividades e compromissos no curso normal dos seus negócios”, conforme divulgado em fato relevante.

Recomendações

O Credit Suisse iniciou cobertura para a Movida (MOVI3) com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 11, elevou Marcopolo (POMO4) para neutra e elevou o preço-alvo de R4 1,70 para R$ 4,60 e reduziu a recomendação de WEG (WEGE3) a underperform, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 18 para R$ 22.

Sobre a Movida, os analistas do Credit apontam que, apesar dos primeiros trimestres depois do IPO a empresa ter decepcionado nos resultados, as perspectivas para 2018 são melhores e o principal catalisador para MOVI3 é uma maior confiança do mercado de que os principais problemas do último ano foram resolvidos. 

Sobre a WEG, os analistas apontam que a empresa tem uma qualidade excepcional, mas o nível de valuation parece esticado. Já sobre a Marcopolo, há uma preocupação com a competição e aparentemente nao há nenhum catalisador relevante de demanda, afirmam os analistas do banco suíço. 

Petrobras (PETR3;PETR4)

Ainda sobre recomendações, o Credit Suisse elevou o preço-alvo para o ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras de US$ 12,40 para US$ 15,00, mantendo a recomendação outperform. Os analistas do banco avaliam que o preço atual do petróleo de US$ 70 o barril nao está precificado nas ações. No setor de distribuição, o Credit reforça preferência por Cosan (CSAN3), mesmo com o desempenho superior recentemente em relação à Ultrapar (UGPA3). 

Ainda sobre Petrobras, a companhia elevou o preço da gasolina em 0,1% e do diesel em 0,8%, com o reajuste válido a partir de terça-feira (30). 

Braskem (BRKM5)

Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, para sair da Braskem, a Petrobras vai usar o modelo que está usando na BR Distribuidora — vender suas ações em bolsa. A operação está prevista para acontecer no final de abril, mas não necessariamente a venda acontecerá de uma vez só.

BR Distribuidora (BRDT3)

Falando sobre a BR Distribuidora, a companhia aprovou juros sobre capital próprio da ordem de R$ 658,5 milhões. O montante bruto corresponde a R$  0,56527346761767 por ação, a ser pago até 31 de julho com base na
posição de 1 de fev, segundo fato relevante. As ações passam a ser negociadas ex-juros em 2 de fevereiro. 

(Com Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.