Estoques de petróleo param de crescer na China

Refinarias aceleram as operações para atender à crescente demanda da economia que sai do confinamento

Bloomberg

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(Bloomberg) — O atual excesso de petróleo já pode ter atingido o pico no maior importador da commodity do mundo.

Os estoques de petróleo na China encolheram nas últimas semanas, depois de terem subido para níveis recordes, segundo analistas e dados de satélite. Os estoques começam a diminuir já que refinarias aceleram as operações para atender à crescente demanda da economia que sai do confinamento.

Os estoques do maior importador do mundo são sinais preliminares de que o mercado global de petróleo começa a se reequilibrar após o colapso da demanda, de acordo com o Morgan Stanley. Os estoques diminuíram, mesmo com as importações de petróleo em abril em alta em relação ao mês anterior, segundo dados da Alfândega.

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“A combinação de queda de estoques e fortes importações implica atividade de refino realmente sólida”, disse Geoffrey Craig, analista da Ursa Space Systems, que usa radar de abertura sintética para rastrear o preenchimento de tanques de armazenamento.

As refinarias estão usando petróleo do estoque para transformar em gasolina e diesel, uma vez que o tráfego começa a voltar ao normal em cidades chinesas depois das medidas de confinamento no início deste ano para impedir a propagação do coronavírus. Mesmo com a queda da demanda no resto do mundo, o horário do rush de Pequim a Shenzhen no fim do mês passado mostra maior movimento do que no mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, o número de passageiros que usam o metrô permaneceu cerca de 50% abaixo dos níveis pré-vírus em Pequim e cerca de 30% abaixo em Xangai, de acordo com dados compilados pela BloombergNEF. O temor de grandes multidões leva mais passageiros ao isolamento dos carros.

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Refinadoras independentes em Shandong, no nordeste da China, operam em ritmo recorde, enquanto a gigante estatal PetroChina disse que tem elevado a produção de combustível após a queda no primeiro trimestre.

“A tendência em abril foi de retirada líquida impulsionada por maior atividade das refinarias e margens rentáveis”, disse Yao Li, diretor-presidente da consultoria SIA Energy, segundo o qual os estoques devem ter caído 9,5 milhões de barris em abril, depois do aumento de 161 milhões no primeiro trimestre.

A China importou cerca de 9,9 milhões de barris de petróleo por dia em abril, alta de 1,7% em relação a março, mas abaixo da média do ano passado de cerca de 10,2 milhões de barris por dia, o maior volume global. As importações de petróleo e de produtos refinados devem aumentar em maio, o que poderia reduzir a capacidade de armazenamento, disse a Associação de Portos da China em comunicado na semana passada.

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