Estimativa do USDA para a safra brasileira de café está acima da realidade, diz Carvalhaes

Departamento de Agricultura dos EUA revisou projeções para cima e prevê safra com mais de 56 milhões de sacas

Datagro

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O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) revisou para cima sua projeção para a safra brasileira de café 2016/17, de 55,95 milhões para 56,1 milhões de sacas, crescimento de 1%.

Para o USDA, a produção de arábica no Brasil deverá atingir 45,6 milhões de sacas, aumento de 4% em relação à estimativa de maio, e a de conilon/robusta deve ficar em 10,5 milhões de sacas, 13% a menos.

A estimativa de setembro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de 49,64 milhões de sacas, sendo 41,29 milhões de arábica e 8,35 milhões de conilon/robusta.

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Em seu mais recente relatório, o Escritório Carvalhaes assinala que as projeções do USDA parecem acima da realidade. “Já considerávamos alto o volume estimado em maio pelo USDA e o atual (13% acima da última estimativa da Conab)”, diz o documento.

De acordo com o Escritório, esses números comprovam como o quadro é apertado. O mercado prevê que o Brasil deverá exportar neste ano-safra 2016/17 (julho de 2016 a junho de 2017) entre 33 e 34 milhões de sacas de café e consumir no mercado interno entre 20,5 e 21 milhões de sacas.

Portanto, para atender nossos compromissos na exportação e no consumo interno, o relatório do Carvalhaes aponta que o Brasil precisará entre 53, 5 milhões a 55 milhões de sacas de café.

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Para ajudar o abastecimento de nosso consumo interno, o Escritório informa que o ministério da Agricultura vai leiloar no início de 2017 as 700 mil sacas restantes nos estoques públicos, e a safra brasileira 2017, de ciclo baixo, será menor que a atual. De acordo com o Carvalhaes, no ano-safra 2017/18 (julho de 2017 a junho de 2018) não teremos estoques públicos de café.