Estácio e Marisa caem 3% após balanço do 4º tri; JBS e BRF disparam com “efeito China” e mais destaques

Confira os principais destaques da sessão desta sexta-feira (15)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (15) com leve alta de 0,54%, alcançando novo recorde de 99.136,74 pontos. O dia esteve agitado com a divulgação de 12 balanços do 4º trimestre, em que alguns papéis reagiram fortemente aos números do período.

A maior alta da sessão foi BRF (BRFS3), ativo que disparou por conta da gripe suína na China, que reduziu o número de porcos no país. Também se beneficiaram as ações de JBS (JBSS3). 

Reagiram positivamente aos balanços, as ações de Tupy (TUPY3), subindo mais de 2% durante o pregão.

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Estácio, por sua vez, abriu com forte alta, chegando a subir até 4% e impulsionando outro papel do setor, a Kroton (KROT3), mas virou para perdas. Segundo analistas, os resultados vieram acima do consenso do mercado, mas o mercado também viu o balanço como “bastante poluído” (repleto de não recorrentes).

Também viraram para queda os papéis de Marisa (AMAR3), Ecorodovias (ECOR3) e IRB (IRBR3).

Outro papel que subiu forte foi Embraer, com ganhos de 5,11%.

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Confira esses e mais destaques corporativos de hoje:

Multiplus (MPLU3)

Em fato relevante, a Multiplus informou que o conselho de administração aprovou a OPA para o cancelamento do registro da companhia.

IRB (IRBR3)

A IRB aprovou o pagamento de proventos relativos ao exercício social terminado em 31 de dezembro de 2018. Serão distribuídos dividendos adicionais brutos no valor de R$ 578 milhões (correspondente a R$ 1,865/ação); complementos do dividendo mínimo no valor de R$ 68 milhões (R$ 0,22/ação) e juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 65,5 milhões (R$ 0,21/ação).

De acordo com a companhia, o pagamento será efetuado em 30 de abril com base na posição acionária existente no fechamento do pregão do dia 21 de março de 2019, sendo as ações negociadas ex-proventos a partir de 22 de março.

Taesa (TAEE11)

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica) informou em comunicado que celebrou o contrato com a Eletrobras para comprar 49,71% das ações no capital da transmissora de energia Brasnorte e 23,03% da Etau (Empresa de Transmissão do Alto Uruguai).

BRF (BRFS3)

O Bradesco BBI divulgou relatório em que comenta o caso da gripe suína que reduziu o número de porcos na China e afirma que a BRF tende a se beneficiar de um cenário de preços maiores da carne de porco e frango, bem como custos mais baixos de ração.

“Esses novos dados nos deixam mais otimistas de que os problemas da febre suína podem trazer um upside para a nossa cobertura de proteínas. Acreditamos que a BRF pode ser a mais beneficiada por ter um maior preço global de todas as proteínas e custos mais baixos de grãos, uma vez que a China está demandando menos ração”, escrevem os analistas.

Sabesp (SBSP3); Copasa (CSMG3)

De acordo com o Brazil Journal, Tasso Jereissati, senador do PSDB, será o relator da MP 868 (MP do saneamento). Jereissati também irá liderar a criação do comitê de senadores para supervisionar as discussões sobre a reforma previdenciária no Congresso e será o relator da reforma previdenciária na Câmara.

“Achamos a nomeação positiva dado que Jereissati é um dos membros do Senado mais familiarizados com a dinâmica do parlamento e tem um histórico de escolher MPs que são pick winners em termos de aprovação. O anúncio está em linha com o fato do projeto estar entre as principais prioridades do governo, o que provavelmente significará que o assunto estará concluído até o final do primeiro semestre de 2019”, escrevem os analistas do Itaú BBA.

A equipe de análise espera uma reação positiva do mercado nos nomes de saneamento, como a Copasa e a Sabesp. “Jereissati é peça fundamental e um hábil negociador”, escrevem.

Bancos estatais

O ministro da economia, Paulo Guedes, escolheu Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e sócio da Mauá Capital, para ocupar a presidência do conselho do Banco do Brasil (BBAS3), Hélio Magalhães, ex-Citi, o da Caixa Econômica Federal e Gustavo Franco, ex-presidente do BC e sócio da Rio Bravo Investimentos, a do BNDES.

BR Malls (BRML3)

A operadora de shopping centers registrou um lucro líquido ajustado de R$ 162,8 milhões no 4° trimestre de 2018, alta de 26% em relação ao mesmo período em 2017. A receita líquida ficou em R$ 351,7 milhões (-0,5%), enquanto o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 235 milhões (+6%), com margem de 66,8%. Em 2018, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,01 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 796,3 milhões em 2017.

A BR Malls entregou um resultado negativo e indica que ainda existe um caminho a ser percorrido até que a empresa consiga entregar números alinhados aos top players do setor”, escrevem os analistas do Credit Suisse. Segundo eles, o valuation do ativo parece “um pouco esticado quando considerado o earnings risk”.

Lojas Marisa (AMAR3)

A Marisa apurou um lucro líquido de R$ 159,5 milhões no 4º trimestre de 2018, revertendo um prejuízo de R$ 326 mil no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, os resultados vieram positivos graças ao reconhecimento de créditos tributários no montante de R$ 801,2 milhões.

No trimestre, a receita totalizou R$ 801 milhões (-4,1%), enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 41,3 milhões, queda de 56%, por conta do baixo desempenho das vendas e da divisão financeira.

No acumulado do ano, a companhia conseguiu reverter prejuízo e alcançar um lucro líquido de R$ 28,3 milhões. A receita recuou 4%, para R$ 2,7 bilhões e o Ebitda ficou em R$ 418 milhões (+57,3%).

Na opinião da Brasil Plural, os resultados vieram mistos, com os créditos tributários dando um aumento artificial nos números no trimestre. Segundo os analistas, em um cenário ajustado, os resultados vieram um tanto preocupantes.

“Apesar das iniciativas feitas nos últimos dois anos, a companhia continua em uma tendência de baixa, ainda sem conseguir sair do vermelho no SSS (vendas nas mesmas lojas, na sigla em inglês), enquanto a inversão da tendência de sua divisão de financiamento ao consumidor deve ameaçar sua dinâmica de linha de fundo no curto prazo”, escrevem.

Ao mesmo tempo, os analistas destacam que a companhia parece estar ajustando de forma bem sucedida seus estoques, o que deve permitir à Marisa aumentar a qualidade de seu catálogo e das próprias roupas.

“Um portfólio de lojas mais balanceado e um perfil de lucratividade mais consistente, a Marisa poderá melhorar sua estratégia comercial, bem como sua demanda e planejamento de compras no lado da produção. No entanto, esperamos que esses movimentos demorem a dar frutos e a empresa ainda está lutando para gerar retornos de seu processo de recuperação”. escreve a equipe de análise.

Valid (VLID3)

A Valid apresentou entre outubro e dezembro de 2018 um lucro líquido de R$ 43,1 milhões e uma receita líquida de R$ 447,3 milhões (+8,6%). O Ebitda ajustado, por sua vez, totalizou R$ 73,8 milhões, alta de 11,6%.

No acumulado do ano, a empresa teve um aumento de 261,4% no lucro líquido, para R$ 100,1 milhões. Também apresentaram alta a receita líquida, que ficou em R$ 1,7 bilhão (+10,2%), e o Ebitda ajustado, que somou R$ 305 milhões (+24%).

Na opinião do Itaú BBA, as ações devem ter uma reação neutra aos resultados divulgados.

Tupy (TUPY3)

A Tupy registrou no 4° trimestre de 2018 um lucro líquido de R$ 77,9 milhões, um crescimento de 459,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, em que o valor foi de R$ 13,9 milhões. Já o Ebitda ajustado somou R$ 151,2 milhões (+14,3%).

A companhia também anunciou o pagamento de dividendos no valor de R$ 37,5 milhões referentes ao ano de 2018, além de juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 100 milhões como antecipação dos proventos de 2019.

Estácio (ESTC3)

A Estácio apurou uma receita operacional líquida de R$ 867 milhões (+3,4%) no último trimestre de 2018. No período, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 180,8 milhões (+0,3%), enquanto o Ebitda ajustado totalizou R$ 253,1 milhões (+6,1%), com margem de 29,2%. A companhia também viu sua base de alunos de ensino a distância crescer 19% e a de cursos presenciais recuar quase 9% em 2018.

Tanto a receita quanto o Ebitda ajustado vieram acima das expectativas do Itaú BBA.

Ecorodovias (ECOR3)

A receita líquida pró-forma (excluindo a receita de construção) da EcoRodovias no 4° trimestre de 2018 somou R$ 640,8 milhões (+1,2%) e R$ 2,5 bilhões em 2018.  De acordo com a companhia, o resultado sofreu com os impactos da greve dos caminhoneiros e com a isenção da cobrança de pedágio para eixos suspensos.

No período, o lucro líquido atingiu R$ 70,7 milhões (-27,2%), enquanto o Ebitda pró-forma (excluindo receita, custo de construção e provisão para manutenção) foi de R$ 427,2 milhões, com margem de 66,7%.

Mills (MILS3)

A Mills apurou uma receita líquida de R$ 70,4 milhões entre outubro e dezembro de 2018, queda de 3,6% em relação ao mesmo período de 2017. A companhia apresentou um fluxo de caixa operacional ajustado de R$ 13,3 milhões (+2,6%) e um Ebitda ajustado (excluindo itens não recorrentes) de R$ 11,5 milhões (-202%), com margem de 16,4%.

Unipar (UNIP3; UNIP5)

A Unipar registrou no último trimestre um lucro líquido consolidado de R$ 165,9 milhões (+53,1%) e uma receita líquida consolidada de R$ 922,8 milhões (+22,1%). No período, a companhia somou um Ebitda de R$ 176,2 milhões (-18,7%) e apresentou uma alavancagem financeira (relação de dívida líquida com Ebitda) de 0,17 vez em dezembro de 2018.

Wilson Sons (WSON33)

A operadora de serviços portuários, marítimos e logísticos do Brasil, Wilson Sons, reportou no 4º trimestre um lucro líquido de R$ 16,2 milhões (+17,2%) e uma receita líquida de R$ 111,1 milhões (-8,3%). Já o Ebitda pro-forma (que inclui 50% dos resultados de embarcações offshore) somou R$ 41,6 milhões (-18,1%).

RNI (RDNI3)

A companhia de negócios imobiliários, RNI, teve no 4º trimestre de 2018 o maior volume de lançamentos do ano, totalizando R$ 183 milhões. A companhia também destaca o menor volume anual de distratos desde o IPO, totalizando R$ 144 milhões em 2018 e ficando 17% abaixo do ano anterior.

No último trimestre do ano, a RNI apurou um prejuízo líquido atribuído ao controlador de R$ 7,75 milhões (-59%), enquanto o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 7,58 milhões, com margem ajustada de -22,2%. Já a receita líquida totalizou R$ 34,1 milhões.

Metalfrio (FRIO3)

A fabricante de equipamentos de refrigeração comercial Metalfrio apresentou no 4º trimestre de 2018 um lucro operacional de R$ 25,5 milhões, queda de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida da companhia ficou em R$ 323,2 milhões (+25,1%) no período, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 34,3 milhões (-11%), com margem de 10,6%.

Unicasa (UCAS3)

A empresa de móveis planejados Unicasa apurou um lucro líquido de R$ 1,8 milhões no último trimestre de 2018, ante prejuízo de R$ 4,6 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita líquida totalizou R$ 41,8 milhões, enquanto o Ebitda ficou em 3,57 milhões, com margem de 8,5%.

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