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Entre as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nesta quarta (16), estão de que “o mercado processa o que está acontecendo” lá nos Estados Unidos, que a “mudança ainda está evoluindo” e “espera por maior clareza” antes de considerar ajustes na política monetária.
Raphael Figueredo, o Rafi, estrategista de ações da XP, que comandou o programa Morning Call da XP nesta quinta (17), vê o discurso de do presidente do Fed hawkish, ou seja, agressivo e disposto a atacar o provável aumento de inflação nos Estados Unidos.
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“Em momentos anteriores o Jerome Powell falou que a inflação deve acelerar, mas de forma temporária em função da aplicação de tarifas (de importação) universais (pelos EUA)”, apontou.
Tarifas
Para Rafi, essa base mínima de 10% de tarifas de importação adotada pelo governo americano já é suficiente para gerar efeito inflacionário.
“Powell disse ainda que o banco central vai seguir super atento e fazer avaliação do mercado. A preocupação maior dele é a influência dessas taxas de importação aos dados que o banco central tem”, comentou.
O estrategista, no entanto, acha que Jerome Powell não tem sido claro nas mensagens sobre a economia americana, inclusive se estaria apontando para uma queda ou alta da taxa de juros.
“Ele sinalizou uma abordagem que sempre critiquei que é de esperar para ver. O banco central tem o poder de mover e ancorar com base no que ele vê. Mas ele se colocou refém dos próprios movimentos dos mercados e dos dados da macroeconomia”, avaliou.
Segundo o analista, isso abre brecha para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faça críticas a Jerome Powell, como nesta quinta, pedindo a saída dele da presidência do Fed.
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Nas últimas críticas ao chefe da autoridade monetária americana, Trump disse que ele “está sempre muito atrasado e errado”. Figueredo concorda com Trump quando diz que Powell está “sempre muito atraso” com sua política de “esperar para ver”.
O analista lembrou que o mercado, inclusive, caiu nesta quarta quando Powell começou a falar.