Especialistas comentam evidências de recuperação para siderúrgicas

Ágora avalia dados de produção mundial; CEO da ArcelorMittal na América do Sul espera retomada no segundo trimestre

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os analistas da Ágora avaliam como positivos para o setor de siderurgia os dados da Worldsteel Association, que mostraram queda na produção de aço bruto durante o mês de fevereiro deste ano, e reiteram recomendação de compra para ações de companhias do setor.

De acordo com os dados da instituição, o movimento de redução do volume produzido mundialmente, iniciado em junho do ano passado, continuou no último mês, registrando 3% de queda em relação a janeiro e 22% quando comparado com o mesmo período de 2007.

Conforme ressaltado, entre os principais produtores foi observada uma forte redução nos Estados Unidos (-7,9%), no Japão (-14,3%) e também na Índia (-10,3%), em comparação com a produção reportada no mês anterior.

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Avaliação

Na visão dos analistas da Ágora, essa retração é positiva para o setor siderúrgico, uma vez que contribui para a diminuição dos estoques de aço. Em contraposição, afirmam eles, o aumento da atividade na Rússia e Ucrânia, de 6%, surpreendeu negativamente.

Com esses fatores em vista, a corretora reitera sua recomendação de compra para as ações de Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5).

Recuperação em breve

O CEO (Chief Executive Officer) da unidade de aços planos para a América do Sul da ArcellorMittal, Benjamin Baptista Filho, nomeado nesta segunda-feira (23), disse esperar que o mercado na América do Norte e Brasil comece a se recuperar já no segundo semestre.

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“A recuperação iniciará somente quanto os estoques de aço voltarem ao normal”, afirmou Baptista. “No Brasil, isso irá acontecer no final de abril, antes do que lá fora. Na América do Norte, isso poderá ocorrer em junho, ou no início do terceiro trimestre”, completou ele.

Posco continuará reduzindo produção

Incorporando a fraca demanda de montadoras e construtoras, a Posco, terceira maior siderúrgica da Ásia, está planejando alongar o seu movimento de redução da produção de aço para o segundo trimestre, afirmou Ko Min Jin, porta-voz da companhia.

Segundo ele, durante o trimestre iniciado em abril, entre 900 mil e um milhão de toneladas métricas da produção de aço bruto estarão perdidas. Isso representa aproximadamente 3% da produção da siderúrgica durante o último ano.

Vale destacar que em dezembro passado a Posco realizou a sua primeira redução produtiva em quarenta anos de história, seguindo os mesmos passos tomados pela ArcelorMittal e pela Nippon Steel Corporation, para driblar as barreiras impostas pela crise econômica.