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SÃO PAULO – Dentro de cinco anos, o Rio Tocantins terá condições de transportar cargas. Um projeto chamado derrocamento prevê a retirada de pedras do rio e a abertura de um canal de cerca de 140 metros de largura no leito. Isso vai permitir a navegabilidade entre os meses de setembro e novembro, quando as águas ficam mais rasas, em um trecho de 500 quilômetros entre Marabá e a Vila do Conde, no município de Barcarena. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a obra irá beneficiar o escoamento da safra dos estados produtores de grãos do Centro-Oeste e do Norte do país.
Para Marcelo Cabral, diretor de Infraestrutura, Logística e Geoconhecimento do Mapa, o projeto vai favorecer boa parte da produção agrícola do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso, que têm o porto de Vila do Conde como uma das principais saídas para exportação. A rota da hidrovia do Tocantins tem capacidade operacional projetada em 20 milhões de toneladas para 2025.
Ainda segundo Cabral, a iniciativa representa mais um passo em direção à mudança na matriz brasileira de transportes. Ele calcula que um comboio de 150 m de comprimento, com capacidade de 12 mil toneladas, equivale a 342 carretas de 35 toneladas de capacidade. Atualmente, acrescenta, apenas 5% da carga agrícola é transportada por hidrovias.
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Na avaliação da ministra Kátia Abreu, o derrocamento vai possibilitar a redução nos custos de exportação das empresas em até 37%, a partir dos portos do Norte do país. Atualmente, o escoamento da produção é feito principalmente pelos portos de Paranaguá e Santos.