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Durante muito tempo, Thamara Di Lauro acreditou que a chave da consistência estava na assertividade — nos dias de gain, nas estatísticas e no desempenho técnico. Mas, segundo ela, a virada real começou quando aprendeu a perder do jeito certo.
Convidada do 1° episódio da 4° temporada do programa Mapa Mental, no canal GainCast, Thamara contou que seu maior avanço no trading veio da aceitação do erro.
“Eu ficava muito focada em assertividade, relatório de performance, dia de gain (ganho), mas eu não focava em perder do jeito certo. E eu costumo dizer: um trader tem que saber perder do jeito certo, errar barato, errar rápido e ressignificar rápido. Esses quatro princípios são básicos”, explica.
Quando o loss vira espelho
Thamara aprendeu que o verdadeiro teste do trader acontece no desconforto.
“Quando um trader tá num dia de loss (perda), é ali que ele tem que se mostrar consistente perante o desconforto, saber lidar com o desconforto.”
Ela confessa que no início não sabia reagir às perdas. “Eu sabia lidar com o dia de gain. Mas no dia de loss, não. E é aí que tá: o loss não é sobre o mercado. O loss é sobre como você lida com as suas feridas, com as suas dores, com as suas frustrações”, afirma.
Essa percepção mudou completamente sua forma de operar.
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“No início o loss era o meu maior vilão, porque eu não sabia lidar com frustrações, com estar errada, com ter que lidar com situações em que eu me questionava: será que eu sou capaz? Será que eu sou suficiente? Será que isso é pra mim?”, relembra.
Do medo da perda à coragem de arriscar
Com o tempo, Thamara entendeu que o medo da perda estava na raiz de suas decisões impulsivas. “Eu precisava me tornar a melhor perdedora, porque eu não sabia perder. O melhor perdedor vence. O melhor perdedor vence”, repete.
Ela explica que a consistência vem de abraçar o risco — não de evitá-lo.
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“Quem tem medo de perder não vence. Porque quando você entra com medo de perder, você entra com aversão ao risco. E trader com aversão ao risco nunca vai ser consistente no longo prazo.”
Inspirada em Mark Douglas, Thamara reforça que clicar não é o mesmo que aceitar o risco.
“O ato de você fazer um clique não significa que você abraçou o risco. Você só clicou. O que te faz um trader é clicar e casar com o risco”, explica.
Essa mudança de mentalidade foi o ponto de virada.
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“Quando eu parei de ter medo da perda e comecei a comprar o risco, tudo mudou. Eu entendi que o risco faz parte da identidade de um trader.”
Errar, mas do jeito certo
Para Thamara, o trader consistente é aquele que erra rápido, erra barato ressignifica rápido — e, acima de tudo, erra do jeito certo
“O loss puramente dito é estatístico. O que destrói é o emocional que você coloca em cima dele”, afirma.
Hoje, ela entende que o processo não é eliminar o erro, mas ressignificar o desconforto que ele traz.
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“O dia bom vai vir, o payoff cobre tudo isso muito facilmente. Então, eu comecei a entender que o foco não é evitar o erro, é aprender com ele o mais rápido possível”, diz.
Os princípios se tornaram parte da sua rotina — um lembrete de que consistência não é sobre nunca errar, mas sobre saber transformar o erro em consciência.
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