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SÃO PAULO – Os dados da Balança Comercial de janeiro ainda indicam que as ações das empresas mineradoras são mais atrativas que as siderúrgicas, de acordo com Leonardo Correa e Renato Antunes, analistas do Barclays.
Embora as exportações de minério de ferro tenham registrado queda de 29% em janeiro comparativamente à dezembro por conta da queda da demanda dos dois maiores consumidores, China e Europa, o Barclays acredita que as exportações devem se recuperar quando a demanda – especialmente a chinesa – for restabelecida, uma vez que primeiros quartos de ano são sazonalmente mais fracos para as mineradoras brasileiras.
Aços planos
Já o mercado de aço brasileiro viu as importações de aços planos, que vêm prejudicando o setor, serem reduzidas em 48% no último mês, próximo do piso das estimativas do banco, um dado considerado “marginalmente positivo”. “As importações devem permanecer em níveis baixos”, escrevem os analistas, que também acreditam que que o poder de precificação dos players do segmento “segue restrito” em meio a fase de diminuição dos estoques na cadeia de produção.
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“Apesar de os traders estarem falando sobre alta dos preços, duvidamos que elas sejam implementadas totalmente por ora”, explica a dupla.
Aços longos
Correa e Antunes afirmam que sobretudo o segmento de aços longos tem tido desempenho superior apesar do crescimento das importações de 33% em janeiro. “Os fundamentos de curto prazo do mercado de aços longos doméstico são positivos, superiores aos do mercado de aços planos”, escreve o banco, que vê a possibilidade de um aumento de pelo menos 5% nos preços nesse segmento.
Assim, a preferência do Barclays é por empresas de aços longos, como a Gerdau (GGBR4). O banco acredita que mesmo que a CSN (CSNA3) tenha as melhores projeções de receita das siderúrgicas, suas decisões estratégicas prejudicarão suas ações. Pela ordem de preferência, o banco elege Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Gerdau, CSN e Usiminas (USIM3, USIM5).