Enauta (ENAT3) adquire participação no Parque das Conchas por US$ 150 milhões; ações sobem 10%

Transação tem data efetiva em 1º de julho de 2023 e valor total de US$ 150 milhões

Felipe Moreira

Enauta _ divulgação

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A Enauta (ENAT3) celebrou contrato para a compra da totalidade da participação de 23% detida pela QatarEnergy Brasil Ltda. nos campos de petróleo de Abalone, Ostra e Argonauta, que formam o Parque das Conchas na Bacia de Campos.

As ações da companhia valorizavam-se quase 10%, cotadas a R$ 20,20, por volta das 16h20, do pregão desta terça-feira (26).

Conforme a empresa, a transação tem data efetiva em 1º de julho de 2023 e valor total de US$ 150 milhões, sendo US$ 15 milhões desembolsados na assinatura. O saldo, ajustado ao fluxo de caixa do período, será pago em três parcelas, após a aprovação pelas autoridades.

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O Parque das Conchas é operado pela Shell, com 50% de participação, e a ONGC detém os 27% remanescentes.

Segundo comunicado, a produção atual é da ordem de 35 mil barris de óleo equivalente por dia de 25 poços conectados à plataforma afretada FPSO Espírito Santo. No primeiro semestre de 2023, a produção média foi de 28 mil barris de óleo equivalente por dia.

Os contratos de concessão atualmente têm vigência até 2032.

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Repercussão

O Morgan Stanley destaca que a aquisição é uma boa notícia para a Enauta.

“Embora seja uma participação não operacional, fornece à empresa parceiros sólidos (Shell e ONGC) e barris de petróleo com fluxo incremental antes de um ano importante com o próximo aumento do sistema de produção definitivo de Atlanta”, analisa o banco.

O Morgan Stanley mantém recomendação equal-weight (exposição igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 14, pois vê oportunidades de crescimento mais claras nos pares brasileiros PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3).

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Analistas pontuam que a Enauta dobrou a sua campanha em Atlanta com a sanção do sistema de desenvolvimento completo, mas eles acreditam que é pouco provável que o mercado precifique o projeto antecipadamente devido aos desafios operacionais do passado.