Embraer dispara 4%, Vale cai após 11 altas seguidas e small cap salta 5% com recomendação de compra

Confira os destaques de ações desta quarta-feira

Paula Barra

(Divulgação/Vale)

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SÃO PAULO – O Ibovespa retomou o território positivo depois de operar em baixa pela manhã e fechou em alta de 0,13% nesta quarta-feira (3), aos 77.995 pontos, na sua oitava alta seguida. O movimento foi acompanhado pelos papéis da Petrobras e bancos, que estenderam os ganhos dos últimos dias, enquanto a Vale interrompeu uma sequência de 11 altas e caiu depois de ter fechado ontem no seu maior patamar desde 2011. 

Na ponta positiva do índice, figuraram os papéis da Embraer, que prolongaram ganhos após o ministro da Defesa, Raul Jungmann, dizer ser possível fazer uma parceria ou promoção comercial também na área militar, desde que seja resguardado o sigilo, segundo o jornal O Globo. 

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Confira abaixo os principais destaques da Bolsa desta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 17,55, +1,27%;PETR4, R$ 16,70, +0,91%)
As ações da Petrobras viraram para alta nesta sessão, acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional. Os contratos do Brent, negociados em Londres, avançavam 1,86%, a US$ 67,80 o barril, enquanto os contratos do WTI, cotados em Nova York, subiram 2,19%, a US$ 61,69 o barril. 

Além disso, no radar, a Petrobras informou que fechou um acordo para encerrar a ação coletiva movida por investidores nos Estados Unidos, com o pagamento de US$ 2,95 bilhões. Esse valor trará impacto no resultado do quarto trimestre de 2017, explica a companhia. O acordo será submetido à apreciação do juiz da Corte Federal de Nova York.

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Segundo o Bradesco BBI, o valor veio pior do que o esperado (de US$ 1,5 bilhão) e deve zerar o lucro do ano da companhia. “Analisando o acordo, o número veio bem abaixo do que o inicialmente esperado no começo do processo, mas acima do que o mercado migrou em expectativas nos últimos meses. O lado bom é que resolveu mais um problema, mas, como o número veio acima da projeção, esperamos uma reação levemente negativo por conta disso, mas nada que possa ser compensado por um dia de otimismo como ontem”, comentam os analistas do banco. 

Já os analistas do UBS comentam que o pagamento proposto de US$ 2,95 bilhões para encerrar processo coletivo nos EUA e a cobrança de US$ 5,2 bilhões da
Receita Federal representam um risco para o pagamento dos dividendos de 2017. A companhia recebeu na terça-feira autuação da Receita Federal com exigência de pagamento de tributos referentes a remessas ao exterior para pagamento de afretamento de embarcações em 2013. O total cobrado pela Receita é de R$ 17 bilhões. Segundo a estatal, a cobrança envolve Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), PIS/Cofins e Cide-Serviços. Do total, R$ 7 bilhões se referem a IRRF.

“Temos pouca visibilidade sobre o potencial impacto de caixa se a empresa decidir aderir ao Refis, mas se for algo superior a US$ 1,4 bilhão, em um cenário de nenhum reconhecimento relevante de venda de ativos, não haverá pagamento de dividendos novamente”, disseram os analistas. Ainda assim, eles seguem com recomendação de compra para a ação, com preço-alvo em R$ 21,50. 

A Receita alega que os contratos firmados foram de prestação de serviços, e não afretamento de embarcações. Esse valor se soma aos R$ 45 bilhões em disputas tributárias declarados pela Petrobras nas suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre deste ano. Deste total, 45% são referentes ao IRRF, e podem ser encerrados com adesão ao parcelamento de dívidas previsto no Repetro. A companhia afirma que avaliará as condições e submeterá a decisão às instâncias competentes.

Embraer (EMBR3, R$ 21,30, +3,80%)

Segundo informações do jornal O Globo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o governo poderá permitir a venda da Embraer para a americana Boeing, incluindo a divisão militar da empresa. O Brasil só não abrirá mão do controle da companhia porque isso significaria “flexibilizar a soberania nacional”, disse ele. 

“É possível fazer uma parceria ou promoção comercial também na área militar, desde que seja resguardado o sigilo, caso a caso. Só não faremos alienação, venda ou transferência do controle”, disse Jungmann. O ministro disse que governo ainda não recebeu proposta concreta da Boeing, mas que a expectativa em torno das tratativas é positiva. 

Mesmo sem um modelo definido para a parceria com a Boeing, como compra de ações ou associação, a Embraer pretende manter conversas com o governo para mostrar o melhor caminho para a empresa. 

Vale (VALE3, R$ 41,47, -0,60%) e siderúrgicas
Depois de subir por 11 pregões seguidos, as ações da Vale perderam o fôlego e caíram nesta sessão. Ontem, os papéis VALE3 fecharam no maior patamar desde fevereiro de 2011. O movimento seguiu o desempenho dos contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian, que registram queda de 0,74%, a 536 iuanes, nas últimas 24 horas. 

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Por sua vez, os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 29,90, +0,95%) – holding que detém participação na Vale – estenderam os ganhos nesta sessão, enquanto as siderúrgicas fecharam entre perdas e ganhos, com Gerdau (GGBR4, R$ 12,95, -0,15%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 6,03, -0,33%), CSN (CSNA3, R$ 9,00, +3,69%) e Usiminas (USIM5, R$ 9,92, +3,33%). 

No radar, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a Vale e a BHP Billiton estão em negociações sobre o futuro de sua joint venture Samarco, incluindo uma opção que dá controle total à mineradora brasileira. A agência informou que a Vale e a BHP não responderam imediatamente aos pedidos de comentários por telefone e e-mail fora do horário comercial.

Eletrobras (ELET3, R$ 18,55, -1,28%;ELET6, R$ 21,49, -1,60%)

A privatização da Eletrobras segue enfrentando dificuldades, como mostra o jornal Valor Econômico desta quarta. Segundo o jornal, parlamentares ameaçam rejeitar a Medida Provisória 814, editada na semana passada como parte do plano de privatização da Eletrobras e para resolver problemas de distribuidoras de energia da região Norte. Eles consideram que a proposta libera a venda da estatal e de suas subsidiárias sem que o modelo de desestatização seja avaliado pelo Congresso Nacional. 

As bancadas do Nordeste e de Minas Gerais lideram o movimento contrário à venda da Chesf e Furnas. A MP também reinclui no plano de desestatização a Eletronorte, Eletrosul e CGTEE. Rodrigo Maia, que afirmou ser a favor da privatização, criticou o governo por decidir iniciar a privatização por medida provisória, que tem efeito imediato. “Sou a favor da privatização, mas só via projeto de lei”, disse. 

Vulcabrás (VULC3, R$ 9,75, +4,95%)

O Credit Suisse iniciou a cobertura para a Vulcabras-Azaleia com outperform e preço-alvo de R$ 13 por ação (40% de upside). “Entre as grandes vantagens da empresa, os analistas destacam a integração vertical que permite a empresa ser mais flexível, reduzindo o tempo de produção de novos produtos (45 dias versus 6 a 12 meses dos competidores internacionais) e se adaptar a mudanças de consumo mais rapidamente”, afirmam os analistas do banco.

Alem disso, os analistas destacam o forte crescimento de lucros (2017 deve ser 4 vezes maior que 2016) com CAGR ( taxa de crescimento composta anual) de 23% entre 2017 e 2019. “Esperamos tambem que o ROIC (rentabilidade sobre capital investido) continue expandindo e possa chegar a 29% em 2019, com aumento de margem e melhora de capital de giro”, afirmam. 

Omega Geração (OMGE3, R$ 17,20, -0,58%)

A Omega Geração teve a cobertura iniciada com recomendação ‘outperform’ (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI e preço-alvo de R$ 21, o que corresponde a uma alta de 21% em relação ao último fechamento. 

Engie (ENGI11, R$ 26,93, 0,0%)

A operação comercial da Central Fotovoltaica Assú V, da Engie, está autorizada pela Aneel desde 23 de dezembro, segundo comunicado ao mercado da companhia na terça. A central está localizada no Rio Grande do Norte e tem capacidade instalada de 36,7 MW. No mesmo comunicado, a empresa informa que assumiu a operação das usinas hidrelétricas Jaguara e Miranda em 29 de dezembro.