Embalado pelo rali de final de ano, Ibovespa fecha 2012 com alta de 7,40%

Após início bom e meio de ano ruim, Ibovespa compensou as perdas nos últimos três meses do ano e fez com que índice registrasse ganhos, mas ainda longe de compensar perdas de 2011

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – 2012 prometia um forte desempenho: após cair 18,11% em 2011, o Ibovespa começou o ano arrasador, registrando ganhos nos primeiros meses. Contudo, a volatilidade acabou prevalecendo no restante do calendário e o índice logo perdeu forças. Contudo, o breve rali visto em dezembro garantiu ao benchmark da bolsa brasileira um avanço de 7,40%, aos 60.952 pontos.

Os primeiros meses do Ibovespa pareciam registrar maior otimismo do mercado, uma vez que o índice registrou alta de 11,13% no primeiro mês do ano. Fevereiro seguiu esta alta: apesar da desaceleração, o benchmark da bolsa registrou ganhos de 4,34%. Neste período, mais precisamente no dia 13 de março, o Ibovespa registrou o maior patamar do ano, aos 68.394 pontos. Entretanto, a partir de março, o índice passou a registrar sucessivas quedas, desencadeadas pelo maior pessimismo com a crise da dívida soberana na Europa. 

Volatilidade ditou o tom do mercado no ano
O mês de maio foi o de maior queda do índice, com perdas de 11,86%, a mais expressiva desde outubro de 2008, quando os mercados ainda estavam sofrendo com a quebra do Lehman Brothers – naquele mês, o Ibovespa despencou 24,86%. Em maio, a piora da crise na zona do euro, com a possível saída da Grécia do bloco e os riscos de contágio para a região, levaram a um sentimento de maior aversão ao risco também nas bolsa brasileira. Completando em junho uma sequência de quatro meses no vermelho, o Ibovespa terminou o primeiro semestre com baixa de 4,23%

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O começo do segundo semestre, contudo, foi mais positivo para a bolsa brasileira. O Ibovespa registrou altas dentre os meses de julho e setembro, fazendo com que o índice registrasse ganhos acumulados de 8,87% no terceiro trimestre de 2012. Entretanto, o impasse ainda existe na Europa somado à expectativa sobre as eleições nos EUA fizeram o benchmark cair 3,56% em outubro. O último bimestre de 2012, no entanto, reservou bons momentos para o índice, que voltou a subir mesmo com todo o impasse envolvendo o abismo fiscal nos EUA.

Assim, no último trimestre do ano, o benchmark da bolsa registrou ganhos de 2,70%, impulsionado principalmente pelos ganhos de dezembro.

Ações de destaque
No último mês de 2012, o destaque de alta ficou com as ações da MMX Mineração (MMXM3), com ganhos de 26,77%, aos R$ 4,45, enquanto os papéis do Marfrig (MRFG3) registraram a maior baixa, de 26,90%, aos R$ 8,48, em meio ao embargo de carnes no País.

Continua depois da publicidade

No ano, o primeiro lugar do Ibovespa ficou com os papéis da Hypermarcas (HYPE3), com alta de 95,53%, aos R$ 16,62, enquanto os papéis da OGX Petróleo (OGXP3), em meio à crise de credibilidade da companhia, registraram baixa de 67,48%, aos R$ 4,38. 

Veja o desempenho do Ibovespa durante 2012: 

Período Desempenho
do Ibovespa
Melhor ação Desempenho Pior ação Desempenho
Janeiro +11,13% Cia. Hering   +29,39% Telemar  -7,22%
Fevereiro +4,34% Marfrig  +31,55%  Usiminas    -9,1%
Março -1,98%  Usiminas ON  +29,11% B2W   -24,55%
Abril 4,17%  Oi ON  +17,6% PDG  -28,68% 
Maio -11,86% CCR  + 6,08% Usiminas ON   -49,62%
Junho -0,25%  TAM*  +20,33% OGX  -44,89%
Julho +3,21%  LLX  +34,84% Eletropaulo  -24,03%
Agosto +1,72%  Gafisa  +61,35% CTEEP  -21,63%
Setembro +3,70%  B2W   +33,63% Cesp   -31,16%
Outubro -3,56%  B2W  +18,62%  OGX   -19,81%
Novembro +0,19%  B2W  +54,86% Eletrobras   -40,25%
Dezembro  +6,05% MMX  +26,77% Marfrig  -26,90%
2012 +7,40% Hypermarcas +95,53% OGX -67,84%

*Ação não é mais negociada na bolsa 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.