Em revisão, Carrefour avalia venda de unidades internacionais

Contudo, varejista informou que a revisão está em estágio inicial e nenhuma decisão foi tomada sobre qualquer venda

Bloomberg

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(Bloomberg) — O Carrefour prepara uma revisão estratégica de suas operações internacionais, poucos meses depois do colapso das negociações para uma fusão da rede de supermercados francesa com a canadense Alimentation Couche-Tard.

A empresa planeja vender subsidiárias na Polônia e Taiwan, segundo artigo publicado na revista Challenges na quarta-feira, que não disse como obteve a informação.

O Carrefour “iniciou uma reflexão sobre a massa crítica de suas subsidiárias internacionais e possível consolidação futura, alianças ou movimentos de desinvestimento”, disse um porta-voz da varejista na quinta-feira, especificando que a revisão está em estágio inicial e nenhuma decisão foi tomada sobre qualquer venda.

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O mercado de alimentos polonês é muito desafiador, com intensa competição, especialmente em mercadorias em geral. A Tesco, maior rede de supermercados britânica, concluiu a venda das operações na Polônia para a varejista dinamarquesa Salling Group este ano por cerca de 165 milhões de libras (US$ 230 milhões) para se concentrar no Reino Unido, seu principal mercado.

É improvável que a revisão cause grande impacto no Carrefour, escreveu Clive Black, analista da Shore Capital Markets, por e-mail. “Trata-se de mostrar que o Carrefour está ativo para a atividade mais ampla e de mostrar aos acionistas que está pensando em seus interesses em um momento de considerável atividade corporativa no cenário de supermercados de grande capitalização.”

A ideia de que o Carrefour possa querer sair da Polônia não é nova, mas “o problema com a Polônia é que não há compradores reais”, escreveu Fabienne Caron, analista da Kepler Cheuvreux, em relatório aos clientes. O Carrefour gera cerca de 1,8 bilhão de euros (US$ 2,15 bilhões) em vendas na Polônia, com baixas margens de lucro, disse Caron.

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O diretor-presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, que assumiu o comando em 2017, teve que desistir do plano de fusão com a Couche-Tard devido à oposição do governo francês sobre o acordo.

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