Em reestruturação, CEO da ThyssenKrupp pede aos acionistas: sejam pacientes

Em uma próxima etapa, a Comissão não irá realizar o seu processo de controle de fusão normal, disse Hiesinger

Reuters

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BOCHUM – O presidente-executivo da siderúrgica ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, pediu a acionistas da siderúrgica que sejam pacientes, enquanto ele completa o que vem provando ser uma problemática reestruturação da empresa.

Desde que se tornou CEO há três anos, Hiesinger vem tentando mudar o foco da ThyssenKrupp, outrora símbolo do talento industrial da Alemanha, do volátil setor de aço para produtos e serviços de maior margem, tais como elevadores, instalações industriais e peças para automóveis de alto desempenho.

Seus esforços, porém, foram cercados por retrocessos. A ThyssenKrupp divulgou três anos consecutivos de perdas, foi obrigada a pedir dinheiro aos acionistas em função de suas deterioradas finanças, viu grandes negócios terem sido apenas parcialmente bem sucedidos, e teve que lidar com questões de compliance que surgiram, que se mostraram caras e embaraçosas.

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“Esta reestruturação, esta renovação fundamental, vai levar tempo”, disse ele a investidores na reunião anual de acionistas da ThyssenKrupp nesta sexta-feira.

Depois de estender repetidamente o prazo para encontrar um comprador para sua unidade Steel Americas, Hiesinger conseguiu vender apenas metade do negócio, uma usina de processamento no estado norte-americano do Alabama, deixando a empresa com uma usina siderúrgica deficitária no Brasil, a CSA.

E quase um ano após a conclusão da venda da unidade de aço inoxidável Inoxum para a Outokumpu, da Finlândia, a ThyssenKrupp anunciou em novembro que teria que tomar de volta algumas partes do negócio.

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“A nossa decisão estratégica de sair do negócio de aço inoxidável continua de pé, mesmo que agora tenhamos que tomar o caminho mais longo”, disse Hiesinger.

Às 11h15 (horário de Brasília), as ações da ThyssenKrupp subiam 2,7 por cento, a 19,20 euros, após Hiesinger confirmar que o grupo estava esperando um lucro operacional ajustado de 1 bilhão de euros este ano, crescimento ante cerca de 600 milhões um ano antes.

As ações caíram cerca de 40 por cento desde que o executivo se tornou CEO, com as perspectivas para o setor siderúrgico permanecendo fracas e com a empresa não pagando nenhum dividendo em dois anos consecutivos.