Em mais uma manhã volátil, Ibovespa perde força e cai

Com agenda fraca, investidores estão de olho em acordo sobre abismo fiscal e reunião do Federal Reserve nos EUA

Mariana Mandrote

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Atualizada às 11h05 (horário de Brasília).

SÃO PAULO – Como tem acontecido nos últimos dias, por conta da diferença do horário de negociação entre as bolsas dos EUA e a brasileira, o Ibovespa tem uma manhã instável. Após iniciar o dia em alta, o principal índice de ações da bolsa perdeu força e passou para o campo negativo por volta das 10h40 (horário de Brasília). Às 11h03, o índice registra queda de 0,3%, aos 59.070 pontos, sendo que nos minutos iniciais do pregão chegou a avançar 0,38%.

Na ausência de indicadores econômicos de peso, os investidores estão de olho na reunião do Federal Reserve e no andamento das negociações sobre um acordo para evitar o abismo fiscal nos EUA.

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O destaque de queda entre as ações do Ibovespa ficam por conta da LLX Logística (LLXL3, R$ 2,25, -3,85%), JBS (JBSS3, R$ 5,65, -3,09%), OGX Petróleo (OGXP3, R$ 4,70, -2,89%), MRV Engenharia (MRVE3, R$ 11,82, -2,88%) e PDG Realty (PDGR3, R$ 3,24, -2,70%).

O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de segunda-feira em alta de 1,30%, atingindo 59.248 pontos e registrando uma alta acumulada no ano de 4,39%. O volume financeiro foi de R$ 6,24 bilhões. 

EUA causa estresse
Apesar do bom humor inicial, a volatilidade pode reaparecer nos negócios, assim como nos últimos pregões. Os investidores estão relutantes em montar grandes posições antes dos políticos norte-americanos chegarem a um acordo sobre o orçamento público, o qual impedirá um conjunto automático de aumento de impostos e corte de gastos em janeiro.

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A reunião de dois dias do banco central norte-americano, que começa nesta terça-feira, também é foco de atenção. O mercado espera por novas projeções econômicas e o anúncio de mais estímulos. A definição sobre a taxa básica de juros sai na tarde de quarta-feira.

Política italiana
Além das incertezas sobre os EUA, a demissão do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, continua causando nervosismo no mercado. Contudo, na véspera, o premiê tentou tranquilizar os investidores, ao dizer que as reações dos mercados “não devem ser dramatizadas”. Ele se mostrou confiante de que o governo que vencer as próximas eleições gerais da Itália “será altamente responsável” e orientado para a União Europeia.

Agenda fraca
Entre os poucos indicadores do dia, a taxa de emprego na indústria brasileira registrou alta de 0,4% em outubro deste ano, na comparação com o mês imediatamente anterior, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já nos EUA, o Departamento de Comércio apresenta a balança comercial mensal do país.