Em dia de eleições presidenciais, bolsas nos EUA fecham em alta

Às vésperas de sair o resultado da eleição, principais índices norte-americanos avançam pelo 2° pregão consecutivo, em dia de agenda de indicadores fraca no país

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os principais índices norte-americanos fecharam o pregão desta terça-feira (6) em alta pelo segundo dia seguido, mesmo com as incertezas sobre as eleições no país. Um dos principais desafios para o futuro presidente será lidar com o “fiscal cliff’, ou abismo fiscal nos EUA, assunto que está em destaque no mercado.

Em entrevista para a CNBC, Matt Cheslock, corretor da Virtu Financial, afirmou que a eleição diminui o apetite dos investidores pelo risco e que o volume visto hoje nas bolsas mostra que ninguém sabe realmente qual será a decisão nesta eleição. Ainda de acordo com ele, pelo menos na próxima semana, devemos ver um rali nas bolsas, não importa qual seja o resultado.

Desde que o presidente Barack Obama assumiu a presidencia, o índice Dow Jones subiu quase 60%, enquanto o S&P 500 avançou quase 70%. Já o Nasdaq apresentou um avanço de mais de 95% desde a última eleição.

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Vale mencionar que no primeiro embate, Obama levou a melhor sobre Romney em dois vilarejos de New Hampshire, Dixville Notch e Hart’s Location. Nesses locais, os moradores seguem para as urnas logo após a meia noite, e a apuração é feita logo em seguida. Ainda que o resultado seja irrisório na contagem geral, a rápida apuração nesses vilarejos é acompanhada com curiosidade.

Cotações
Em dia de agenda de indicadores enfraquecida no país, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, fechou em alta de 1,02% a 13.246 pontos. Já o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em valorização de 0,93% atingindo 1.428 pontos, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou alta de 0,41% chegando a 3.012 pontos.

Destaques corporativos
Entre as maiores altas da sessão estão as ações da Hewlett-Packard, que subiram 2,78%, além da United Technologies, com avanço de 2,66%.

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Já no campo negativo, destaque para o NYSE Euronext, que depois de apresentar uma queda de 21% em sua receita no terceiro trimestre, encerrou o dia em baixa de 5,23%.

Greve em Atenas
Entre as principais referências, a Europa voltou para o holofote do mercado. Na Grécia, onde as ameaças sobre uma possível saída do país da zona do euro voltaram à cena recentemente, os trabalhadores embarcam numa greve geral de dois dias. O objetivo é protestar contra as novas medidas de austeridade necessárias para a liberação da ajuda internacional, as quais serão voltadas pelo Parlamento na noite de quarta-feira.

Agenda europeia
Ainda na Europa, os investidores também repercutem novos sinais de desaceleração econômica. O PMI (Índice de Gerente de Compras) composto da região passou de 46,1 para 45,7 entre outubro e setembro. O dado fechado de outubro ficou ligeiramente abaixo da preliminar de 45,8.

Trata-se do nono mês consecutivo abaixo do nível de 50 que divide expansão de contração. Já o PMI para o setor de serviços recuou de 46,1 para 46,0 no mesmo período, contra uma prévia que indicava 46,2.

Confira o fechamento dos principais índices acionários norte-americanos:

% Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
 Dow Jones +1,02 13.246 -2,68 +8,42 
 S&P 500 +0,79 1.428 -2,23 +13,58 
 Nasdaq +0,41 3.012 -3,96 +15,61 

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.