Em dia de agenda externa fraca, mercado se volta para noticiário dos EUA

Visita de secretário do tesouro norte-americano à China e negociações da Hungria com FMI estão no radar dos investidores

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Em um dia de agenda tranquila, tanto interna quanto externamente, analista projeta que o mercado concentre suas atenções nos EUA no pregão desta terça-feira (10).

Nesta data,  o Secretário do Tesouro dos EUA, Tim Geithner inicia sua visita de dois dias à China. Sanções contra o Irã e o estado da economia global estarão no topo da agenda de discussões durante o encontro. “Além disso, dificimente Geithner perderá a oportunidade ímpar de pressionar a China para a nova apreciação do yuan”, diz o analista do Danske Bank, Allan von Mehren.

Através da valorização do yuan, a Casa Branca pretende recuperar a produção norte-americana e aumentar os postos de trabalho no país. Por lá, ainda é aguardada a divulgação do Wholesale Inventories, relatório que contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista norte-americano.

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Europa
Os principais índices acionários da Europa verificam ganhos no pregão desta terça-feira puxados por um movimento de alta entre os papéis de empresas de mineração, após a Alcoa iniciar a temporada de balanços nos Estados Unidos com números em linha com as expectativas dos analistas, mas com a elevação das projeções para o setor neste ano.

Assim, o balanço ajudou a melhorar o sentimento do investidor sobre as perspectivas de demanda por commodities e as ações de mineradoras registram forte alta na Europa, bem como se valorizaram na Ásia. Desta forma, nesta manhã as principais bolsas europeias registram alta, com destaques para as de Frankfurt (+1,40%), Londres (+0,95%) e Paris (+1,42%).

Por sua vez, no Leste Europeu, a Hungria continua suas discussões com o FMI em busca de um pacote de ajuda financeira, mas nenhuma conclusão é esperada antes de quinta-feira (12) quando uma reunião com a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, foi agendada.

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“No que se refere à Hungria, o front se recuperou ligeiramente com a retomada das negociações do país com o FMI, depois de que o país emitiu menos dívida do que pretendia nesta semana. No entanto, estamos ainda muito cauteloso com a Hungria”, conclui von Mehren.