Em aceno a reguladores, Binance negocia compra de corretora brasileira

Valores do negócio não foram divulgados

Paulo Barros

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A exchange de criptomoedas Binance anunciou nesta segunda-feira que negocia a aquisição da corretora brasileira Sim;paul Investimentos, que tem pouco mais de um ano de atuação. O acordo não teve os valores envolvidos divulgados e aguarda aval de autoridades regulatórias, incluindo o Banco Central.

Citando “foco em desenvolver o mercado brasileiro” a corretora cripto diz em nota que assinou um Memorando de Entendimentos manifestando o interesse na aquisição da Sim;paul Investimentos, que atua no Brasil com licença do BC e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Na Binance, nosso objetivo é ampliar a adoção de cripto globalmente com o propósito de gerar impacto positivo para os nossos usuários, a comunidade de cripto e blockchain, e para a sociedade como um todo. Em um mercado em rápido desenvolvimento como o brasileiro, o ecossistema blockchain, que inclui mas não se limita a criptomoedas, pode transformar e facilitar a vida das pessoas, e acreditamos que temos muito a contribuir, em total colaboração com as autoridades locais”, diz Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance.

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Para o Bradesco BBI, o anúncio é sinal de que o mercado de criptomoedas e ativos digitais continua a se desenvolver. “Esperamos ver uma maior convergência das classes de ativos com outros investimentos “tradicionais”. Os players tradicionais de plataformas de corretoras/investimentos do setor também podem tentar aumentar a exposição ao segmento”.

O movimento da Binance vem em momento de ampla discussão sobre a regulação de criptomoedas no mundo, no âmbito de um esforço da empresa para se adequar às normas exigidas por órgãos reguladores globais.

No Brasil, uma comissão do Senado aprovou recentemente um Projeto de Lei que trata da regulação das criptos no país, dando ao Poder Executivo a prerrogativa de escolher o órgão que supervisionará o setor.

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O PL foi bem recebido por empresas cripto brasileiras, que veem na regulação uma nova frente para pressionar autoridades contra a atuação de empresas estrangeiras no país sem a devida regulamentação ou sequer a presença de um escritório físico.

Nos bastidores, a Binance é sofre críticas diretas de empresários nacionais. Embora tenha funcionários brasileiros, a corretora fundada 2017 não tem sede no país.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos