Elétricas têm dia negativo na bolsa; ação do Bradesco cai após balanço

Ainda entre os destaques, Ideiasnet dispara depois de anunciar capitalização da Padtec; Abilio acusa Casino de montar estratégia de "puro terrorismo"

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa retoma em baixa de 1,41% às 13h32 (horário de Brasília), aos 60.305 pontos, após o feriado em comemoração ao aniversário de São Paulo na última sexta-feira (25).

No mercado doméstico, o Relatório Focus mostrou mais uma revisão do mercado para o crescimento brasileiro. O PIB (Produto Interno Bruto), antes projetado em 3,19%, agora é esperado em 3,10% neste ano, a quarta revisão negativa consecutiva.

Elétricas têm dia negativo na bolsa
Já entre os destaques corporativos, o dia mostra-se ruim para as elétricas. Os papéis da Light (LIGT3) lideram a ponta negativa do Ibovespa e registram desvalorização de 4,71%, sendo cotados a R$ 20,25.

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As ações da Eletrobras (ELET3, ELET6) também têm mais um dia negativo na bolsa. Depois de uma trajetória de forte recuperação desde o começo do ano, as ações da elétrica caíram na quarta-feira (24), após Dilma Rousseff prometer um corte ainda maior na tarifa de energia.

Os ativos ELET3 se desvalorizam em 1,24%, aos R$ 7,16, e os ELET6, 4,58%, aos R$ 12,07. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 3,72% e 5,22%, respectivamente.

Além do discurso de Dilma, que anunciou um corte de 18% na conta de luz residencial e de até 32% nas indústrias, a estatal é impactada por uma série de outros fatos, elevando as incertezas com relação ao grupo.

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Na noite de quinta-feira foi noticiado no O Globo que o governo estaria estudando dividir a Eletrobras em três holdings, abrigando as três principais áreas do setor energético: geração, distribuição e transmissão de energia.

Por sua vez, as ações da AES Tietê (GETI4) minimiram as perdas e passam a cair 3,49%, aos R$ 20,75. Na mínima, os papéis da companhia chegaram a desvalorizar 6,28%, aos R$ 20,15.

Beatriz Nantes, analista da Empiricus Research, diz que um fundo estrangeiro está vendendo ações da companhia, embora ainda não haja informações de quem seja o vendedor. De fato, as maiores vendas dos papéis vêm de clientes do Goldman Sachs.

Ações do Bradesco caem após balanço
Outro que chama atenção neste pregão é o Bradesco (BBDC4), cujas ações caem 2,78%, aos R$ 35,34, após o banco reportar seu balanço do quarto trimestre, dando início à temporada de resultados no Brasil.

O Bradesco fechou o 4º trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 2,893 bilhões, alta de 6,1% sobre igual período do ano anterior. Em bases recorrentes, o lucro ajustado do segundo maior banco privado do país foi de R$ 2,918 bilhões, 5,3% maior na relação anual e praticamente em linha com os R$ 2,95 bilhões apontados pela média das projeções compiladas pela Reuters.

Ideiasnet dispara após aumento de capital da Padtec
Já fora do Ibovespa, as ações da Ideiasnet (IDNT3) sobem 5,08%, sendo cotadas a R$ 1,86, e estão entre os principais destaques de alta da bolsa paulista.

A valorização das ações ocorre após a companhia informar que o BNDESPar – braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) – participará de um aumento de capital da empresa de tecnologia Padtec, que tem a Ideiasnet entre os sócios.

Em comunicado, a empresa informa que os recursos da operação – que ainda está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ratificação do Conselho de Administração da Ideiasnet – serão destinados ao desenvolvimento do plano de negócios da Padtec, com foco na ampliação do portfólio de produtos, na expansão da atuação internacional e na aquisição de empresas, consolidando assim a sua liderança nos mercados nacional e latino-americano e preparando a empresa para futura abertura de capital.

Avanço da PT na Oi só a partir de 2016
Já entre os destaques corporativos, o possível aumento de participação da Portugal Telecom na Oi (OIBR3; OIBR4) só poderá ocorrer a partir de 25 de janeiro de 2016, segundo informa O Globo. É que, pelo acordo de acionistas, assinado em 25 de janeiro de 2011, há uma cláusula que proíbe, por cinco anos, a La Fonte, do empresário Carlos Jereissati, e a Andrade Gutierrez Telecom, de Sérgio Andrade, de venderem suas ações da Telemar Participações, que controla a Oi. 

Atualmente, a La Fonte possui 19,35% das ações da Telemar Participações. A Andrade Gutierrez detém outros 19,35% e a Portugam Telecom, por sua vez, tem 12,07%. O restante é dividido entre BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os fundos de pensão das estatais e dos funcionários da Oi. Com a compra, a fatia da portuguesa poderia chegar a 50,77%. 

Os grupos Andrade Gutierrez e Jereissati informaram, contudo, que “não existem planos objetivando a alienação de suas participações societárias na Oi” e que “o interesse é alavancar sinergias com a Portugam Telecom”. A companhia portuguesa, por sua vez, disse que “não há planos de compra do controle ou a realização de uma oferta pela Oi”. A suposta negociação foi revelada na coluna Radar, da Veja. 

TIM corta verba de marketing de R$ 600 mi para R$ 200 mi
Também no setor de telefonia, a TIM Participações (TIMP3) passou a navalha na verba de marketing: caiu de R$ 600 milhões, para R$ 200 milhões, em 2013. Conforme informou Guilherme Barros, da IstoÉ Dinheiro, havia exagero na época de Luca Luciani, demitido por denúncias de fraude na Itália, mas a redução de dois terços significa que a operadora poderá perder espaço para a Claro, no mercado.

Abilio acusa Casino de montar estratégia de “puro terrorismo”
Por sua vez, Abilio Diniz, ex-controlador do Pão de Açúcar (PCAR4), volta ao radar dos investidores depois que o empresário acusou o comando do grupo de colocar em “grave risco” sua “integridade física” e de sua família, por meio de uma notificação enviada na última sexta-feira para o conselho de administração da varejista e para o presidente executivo, Enéas Pestana.

Conforme informou a coluna Radar, do jornalista da Veja, Lauro Jardim, a notificação de cinco páginas é uma reclamação sobre o período de transição da nova política de segurança pessoal do Pão de Açúcar – a partir deste mês, conforme deliberado no dia 14 de dezembro, a empresa diminuiu radicalmente o pagamento de segurança pessoal a conselheiros e executivos.

Abilio reclama que o que fora acordado não está sendo cumprido. No texto, classifica a decisão de sua equipe não ter mais acesso a uma das salas da empresa de “abrupta, intempestiva e absolutamente desarrazoada”.  

JPMorgan revisa para baixo preço-alvo dos ADRs da Petrobras
O JPMorgan reduziu o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras (PETR3; PETR4) de US$ 26 para US$ 25 para dezembro de 2013.

A revisão deve-se a relutância na crença de que o governo brasileiro elevará os preços da gasolina e diesel. Na visão dos analistas, a combinação de atrasos na expansão da capacidade de refino, forte demanda doméstica e falta de uma política clara de preços restringe o case de investimento da Petrobras para o tema de se e quando o próximo reajuste irá ocorrer.

Diante disso, os analistas reiteraram preferência pelas ações da OGX (OGXP3) no mercado brasileiro.

As ações da ordinárias da Petrobras caem 0,85%, aos R$ 19,75, enquanto as preferenciais recuam 0,56%, aos R$ 19,50.

Laep cita urgência e aprova emissão de 40 milhões de ações
O conselho de administração da Laep (MILK11) aprovou a emissão de 40.149.995 ações Classe A da companhia o valor líquido de US$ 0,253 por ação Classe A. O direito de subscrição vale apenas para investidores que possuem ações Classe A ou BDR (Brazilian Depositary Receipts) no dia 24 de janeiro de 2013 e compreende o direito de subscrever uma ação para cada ação ou BDR de sua posse.

Segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, a finalidade da emissão é de obter recursos para ajudar a Laep a resolver sua situação atual, “que requer urgentemente o aporte em seu caixa”, segundo a própria empresa reforça em seu fato relevante. Assim, ela pretende cumprir seus compromissos perante empresas por ela investidas, credores e fornecedores em geral.

Os detentores de BDR que desejarem obter as novas ações deverão realizar a operação até as 12h (horário de Brasília) do dia 18 de fevereiro de 2013. O preço de subscrição será de R$ 0,517 por BDR. Os custos da emissão – R$ 0,04 – serão arcados pelos detentores de BDR que exercerem seu direito, diz a nota. Vale mencionar que a oferta de ações não irá interferir no plano de fechamento de capital da companhia.

Sócios fundadores da BR Insurance abrem gestora
Dois anos após a oferta pública inicial da BR Insurance (BRIN3), sete sócios fundadores da holding de corretoras de seguros uniram patrimônio de R$ 500 milhões e abriram, este mês, uma gestora de recursos próprios. Com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, a Unio Investimentos tem planos de aportar capital em empresas de pequeno e médio portes de segmentos como serviços, tecnologia e infraestrutura. 

Em entrevista ao Valor, Bruno Padilha, sócio da Unio e atual presidente do conselho da BR Insurance, diz que os investimentos serão feitos com horizonte de longo prazo, acima de dez anos, e sem preocupação com liquidez. No momento, a Unio negocia com uma empresa da área de serviços financeiros, segmento em que Padilha enxerga potencial para consolidação setorial. 

Totvs desembolsa R$ 95 mi por PC Sistemas e PC Informática
A Totvs (TOTS3) desembolsou R$ 80 milhões e ainda vai pagar até R$ 15 milhões de acordo com cumprimento de determinadas metas estabelecidas. A companhia nomeou Pedro Luiz Barreiros Passos como presidente do conselho. Laércio Cosentino deixa de acumular a função com a de presidente.

Controladora da Contax aceita proposta para possível ida ao Novo Mercado
As gestoras Credit Suisse Hedging-Griffo e Skoppos, acionistas detentores de mais de 5% do capital social da Contax (CTAX4), propuseram um programa para possível migração da companhia para o Novo Mercado, segundo fato relevante divulgado nesta segunda-feira.

A CTX Participações, controladora da Contax, aceitou a eventual migração da Contax para o segmento especial de listagem da BM&FBovespa e se dará sem pagamento de qualquer prêmio, sob qualquer forma, a quaisquer acionistas. 

Governo adia leilão de trechos de rodovias
O governo adiou o leilão de concessão de trechos das estradas BR-040 e BR-116 que estava marcado para 30 de janeiro, a pedido de empresas interessadas, que queriam mais prazo, informou na sexta-feira o Ministério dos Transportes. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, uma nova data ainda será anunciada, mas o leilão ocorrerá em breve.

Ao menos quatro empresas de capital aberto do segmento irão participar deste referido leilão, sendo elas: CCR (CCRO3), Arteris, Ecorodovias (ECOR3) e Triunfo (TPIS3). Em relatório, a XP Investimentos acredita que CCR e Arteris possuem uma maior capacidade de executar lances, em face de sua alavancagem, posição de caixa e geração de caixa. “Vemos o leilão da BR-040 e BR-116 como eventuais gatilhos para as ações de empresas do segmento, condicionando o resultado da licitação ao preço exercido e obviamente a taxa de retorno do projeto”, avalia.