Eike Batista pede renúncia da CCX; Petrobras nega “briga” com Braskem e mais notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta sexta-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A noite desta sexta-feira (3) é agitada por novidades envolvendo a Petrobras, que negou ter entrado com recurso contra a Braskem no Departamento de Justiça dos EUA. Enquanto isso, a Localiza informou um aumento de capital e Eike Batista renunciou ao cargo de diretor da CCX. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras afirmou que não procede a informação de que tenha tomado qualquer iniciativa
junto ao Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA para contestar os termos do acordo entre a
Braskem e as autoridades legais. “A Companhia não tem quaisquer informações sobre a eventual revisão de acordo entre a Braskem e as autoridades brasileiras e estrangeiras. Ademais, a Petrobras tem conhecimento apenas das informações de natureza pública relacionadas ao mencionado acordo da Braskem”, disse a estatal em nota.

“Especificamente em relação ao contrato de fornecimento de nafta celebrado com a Braskem em 2009, a Petrobras aguarda ter acesso ao teor dos documentos do Acordo de Leniência celebrado entre a Braskem e o Ministério Público Federal, bem como dos valores que lhe serão destinados por força de tal acordo, para avaliar as medidas cabíveis”, completou a companhia.

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A Petrobras informou também ter concluído a venda da participação total de sua subsidiária Petrobras Biocombustível na Guarani. Em fato relevante, a empresa informou que a operação foi concluída com o pagamento de 202,75 milhões de dólares pela Tereos. A Petrobras havia anunciado a venda de sua fatia na Guarani ao grupo francês Tereos no fim de 2016.

Localiza (RENT3)
A Localiza fez algo curioso nesta sexta ao antecipar para o mercado seu lucro líquido de 2016 antes mesmo de divulgar seu resultado, que está marcado para ser apresentado no próximo domingo (5). Em comunicado enviado ao mercado com a ata da reunião de seu Conselho de Administração, a companhia informou ter tido lucro líquido de R$ 409,32 milhões no ano passado.

A informação não será de grande utilidade para o investidor, já que a Bolsa já fechou e quando abrir na segunda-feira (6), a companhia já terá divulgado seu balanço completo do ano passado. Os dados foram abertos pela Localiza para explicar a decisão de destinação deste lucro, que foi tema debatido por seu conselho na reunião.

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A empresa afirmou que R$ 20.465.771,84 foi destinado para a constituição da Reserva Legal, enquanto outros R$ 236.893.778,51 foram retidos com o objetivo de assegurar recurso para a
renovação da frota da companhia em 2017. Além disso, a Localiza lembrou que já havia distribuído o valor bruto de R$ 151.955.886,39 em juros sobre o capital próprio, e que, tendo ultrapassado 25% do lucro, decidiu pela não distribuição de remuneração complementar aos acionistas.

No mesmo comunicado, a Localiza informou ainda que irá submeter à Assembleia Geral Extraordinária a proposta de aumento do capital social subscrito e integralizado, no valor de R$ 523.292.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da Reserva Estatutária da companhia. Com isso ocorrerá uma bonificação em ações na razão de 5% (ou seja, q nova ação para 20 existente), com a emissão de 10.589.670 novas ações ordinárias.

CCX Carvão (CCXC3)
A CCX Carvão informou que recebeu um pedido de renúncia de Eike Batista, com data de 31 de janeiro. Com isso, o executivo, preso no último dia 30 deixa a companhia que fundou, sendo que o cargo ficará vago, segundo a informou a CCX. “A companhia envidará todos os esforços para, dentro do seu contexto operacional e financeiro, encontrar um substituto adequado para o cargo”, disse a empresa.

IGB Brasil (IGBR3)
A IGB Eletrônica, dona da marca Gradiente, disse que foi comunicada pela BM&FBbovespa sobre a decisão de cancelar a listagem da companhia a partir de 6 de março por “suposto
descumprimento do item 5.2 do Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à
Negociação de Valores Mobiliários, como divulgado ao Mercado pelo Ofício Circular
n. 005/17-DP da BM&FBOVESPA”.

“Desde o recebimento da comunicação acima referida, a administração da Companhia
vem estudando as possibilidades jurídicas cabíveis para solução da situação, de modo a
regularizar de tal situação o mais breve possível, e assim, evitar o cancelamento da
listagem das ações ora imposta”, disse a empresa em nota.

A companhia disse que irá adotar todas as medidas legais aplicáveis para a resolução
do problema e a retomada da regular negociação de suas ações. A administração da IGB esclareceu ainda que o cancelamento da listagem não constituem uma oferta de valores mobiliários, ou resultam no cancelamento do registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.