Efeito Pilgrim’s: Subsidiária da JBS nos EUA supera projeções no 1T24 e JBSS3 sobe

Bancos esperam reação positiva das ações da JBS aos resultados da Pilgrim's Pride

Felipe Moreira

Fachada da JBS (Divulgação)

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A Pilgrim’s Pride, subsidiária processadora de frangos listada nos EUA e controlada pela JBS (JBSS3), divulgou na véspera (1º) os resultados do 1T24, com receita líquida de US$ 4,4 bilhões, alta de 5% na base anual e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 372 milhões, um aumento de 145% na comparação ano a ano, superando o consenso em 8% e as estimativas do BBI em 11%.

A Margem Ebitda, por sua vez, foi de 8,5%, ante expectativa de mercado de 7,8% e de 7,9% do banco. Portanto, o BBI esperava uma reação positiva do mercado para o preço das ações da JBS no pregão desta quinta-feira (2), que se concretizou, com JBSS3 fechando com alta de 1,83%, a R$ 23,87.

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Analisando por região, o BBI avalia que os fundamentos nos EUA permanecem fortes e destaca que a margem Ebitda atingiu 9,4% contra 7,5% no 4T23 e 1,8% no 1T23.

No México, uma dinâmica oferta e demanda mais equilibrada por commodities resultou na expansão da margem para 9,2% no 1T24 ante 8,5% no 1T23 e 1,3% no 4T23.

Enquanto isso, na Europa, a empresa está mitigando a pressão inflacionária e o aumento dos custos trabalhistas com iniciativas de eficiência operacional, e a margem Ebitda atingiu 6,4% contra 5,3% no 1T23 e 7,6% no 4T23.

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Na avaliação do Itaú BBA, a Pilgrim’s Pride apresentou resultados razoáveis no 1T24, com Ebitda ajustado de US$ 372 milhões, 5% acima das suas expectativas. Já a margem Ebitda ajustada superou a estimativa do BBA em 70 pontos-base (bps).

Apesar das surpresas positivas na divisão mexicana geralmente serem ignoradas pelos investidores devido à sua volatilidade e ser a operação menos significativa para as cifras consolidadas da PPC, analistas do BBA apontaram que o suporte contínuo da região dos EUA poderia levar a uma reação de mercado mais positiva na sessão de hoje.

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Na opinião do BBA, o desempenho da PPC no 1T24 superou as expectativas, estabelecendo uma base sólida para o ano de 2024 e potencialmente permitindo que a divisão alcance níveis normalizados mais cedo do que o previsto. Isso poderia ajudar a compensar alguma possível decepção na operação de carne bovina dos EUA da JBS.

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No entanto, segundo BBA, os investidores provavelmente se concentrarão no equilíbrio entre uma possível queda na lucratividade na divisão de carne bovina dos EUA para o ano de 2024 e 2025, em comparação com melhorias em outras unidades de negócios, que são esperadas para se sair bem neste ano, mas permanecem incertas para o próximo ano.