EcoRodovias tem desequilíbrio reconhecido e analistas apostam em mais ajustes

ARTESP reconheceu um desequilíbrio econômico na concessão Ecopistas, decorrente do impacto da pandemia de Covid-19; Imigrantes pode ser a próxima

Felipe Moreira

(Foto: Reprodução/Pixabay)
(Foto: Reprodução/Pixabay)

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A EcoRodovias (ECOR3) anunciou que a Artesp reconheceu um desequilíbrio econômico na concessão Ecopistas (Ecovias Leste Paulista), decorrente do impacto da pandemia de Covid-19 sobre as receitas de pedágio entre março de 2020 e dezembro de 2022. Às 11h20, as ações da administradora de rodovias subiam 0,31%, a R$ 9,84.

De acordo com a resolução da Artesp, o valor do reequilíbrio totaliza R$ 109 milhões em favor da EcoRodovias, embora ainda não tenha sido divulgado o método de compensação. Além disso, a companhia informou que a análise de um desequilíbrio semelhante na concessão Ecovias Imigrantes ainda está em andamento na Artesp.

A XP Investimentos vê o anúncio como um desenvolvimento positivo e agregador de valor, reforçando a relevância da agenda da companhia de reequilíbrios e aditivos na geração de valor para a companhia. Embora não tenha sido divulgado o método de compensação, a XP considera um ajuste tarifário como a opção mais viável, dado que desequilíbrios semelhantes para a ECOR em nível federal foram compensados dessa forma.

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O Itaú BBA também considera a notícia positiva, pois acredita que o valor aprovado pela Artesp não havia sido antecipado pelo mercado. O banco espera que este valor seja liquidado em breve, possivelmente ainda neste ano.

Além disso, o BBA destaca que parecem existir discussões semelhantes para a rodovia dos Imigrantes, que teve receitas 2,4 vezes maiores que a Ecovias Leste Paulista durante o período abordado pelo rebalanceamento, o que poderia significar um rebalanceamento econômico adicional de aproximadamente R$ 260 milhões, cerca de 3,8% da capitalização de mercado da Ecorodovias.

O BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11.