É “razoável” pensar em IPO no primeiro semestre de 2021, diz CEO do Grupo CBO

Marcos Tinti participou de live do InfoMoney e falou sobre as perspectivas para o negócio, que surfa na retomada do setor de óleo e gás

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Passadas as eleições nos Estados Unidos e num cenário em que o quadro fiscal brasileiro não saia totalmente do controle, o que reduziria a volatilidade da Bolsa, o Grupo CBO acredita ser “razoável” fazer o IPO da holding Oceana Offshore na primeira metade de 2021. Pelo menos essa é a expectativa do CEO Marcos Tinti.

“A nossa expectativa é que não demore muito. Eu entendo e a gente discute isso [o IPO] muito dentro da companhia com os nossos acionistas também, com os bancos. Atravessamos um período recente agora de muita volatilidade. A pandemia atrelada às eleições americanas, que não acabaram ainda, isso traz essa volatilidade toda. Vários IPOs ficaram represados. Do lado de cá, nós confiamos muito na nossa tese. Acreditamos muito no nosso modelo”, disse.

“Acreditamos muito em tudo aquilo que a gente construiu aqui para a companhia e o que a gente pretende é colocar em prática aí nos próximos anos. Isso tudo, atrelado a um bom momento, na linha do otimismo, da expectativa aqui, entendemos que o primeiro semestre do ano que vem seja razoável da nossa parte a gente colocar como expectativa de retorno forte em relação à exposição da companhia ao mercado”, completou.

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Ele participou nesta quinta-feira (19) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

O diretor de relações com investidores do grupo, Rafael Kirsten, que também participou da live, afirmou que a retomada do setor de óleo e gás, bastante importante para o negócio da CBO, corrobora a expectativa de que o lançamento das ações do grupo na Bolsa deva ocorrer nos primeiros seis meses do próximo ano.

“Nosso setor está diretamente relacionado à dinâmica do óleo e gás. O cenário do óleo e gás no ápice da pandemia parecia ser muito ruim, mas na verdade o próprio preço do petróleo já se recuperou bastante. Estamos falando de preços do petróleo saudáveis, eu diria US$ 45 / US$ 50 o Brent. Se essa perspectiva continuar, e a gente vê uma diminuição significativa da volatilidade por conta de a gente ter vencido a questão das eleições americanas, (…) e uma agenda fiscal no Brasil controlada, que não exploda, isso tudo vai fazer com que a gente tenha sim no primeiro semestre do ano que vem uma janela de oportunidade interessante. A CBO já está pronta hoje”, disse.

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O Grupo CBO conseguiu fechar o terceiro trimestre de 2020 com lucro líquido de 37,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 9,4 milhões visto um ano antes. Houve um impacto positivo do câmbio sobre o balanço, devido aos contratos denominados em dólar — 70% das receitas da companhia.

A receita líquida do terceiro trimestre subiu 20% na comparação anual, para R$ 332,2 milhões. Nos nove primeiros meses de 2020, a receita do grupo chegou a R$ 1 bilhão, 22% a mais do que o valor visto um ano antes. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CBO ficou em R$ 232,7 milhões entre julho e setembro deste ano, alta de 25% na comparação anual.

Os executivos explicaram que a empresa conseguiu reforçar o caixa no período e está pronta para continuar crescendo. Eles comentaram sobre a estratégia de não mais construir embarcações, mas sim importá-las prontas, falaram sobre a venda do estaleiro em Itajaí, sobre iniciativas ESG e outros fatores importantes para o negócio. Assista à live acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.