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SÃO PAULO – Livros digitais podem se tornar mais caros para o consumidor que as obras impressas.
Apesar de não gerar custos de distribuição, responsáveis por boa parte do preço final dos livros impressos, os e-books podem receber em suas páginas, arquivos de áudio, vídeos e até aplicativos multimídias, o que podem elevar o preço final aos consumidores.
Segundo o diretor da Apel (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), Henrique Mota, os livros digitais são obras abertas à novas possibilidades trecnológicas. “Imaginar que o livro digital seja apenas um texto é, na verdade, um desperdício tecnológico”, afirma.
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E-book no mundo
Durante o 3º Congresso Internacional CBL do Livro Digital, Mota explicou que na Europa, um dos responsáveis pelo encarecimento do produto é a cobrança de imposto de 23% sobre as vendas online.
Segundo o diretor, o alto custo do e-book na Europa é o principal motivo para a baixa penetração desse tipo de obra na comparação com o mercado norte-americano. De acordo com ele, enquanto nos Estados Unidos, mais de 10% do mercado é de livros digitais, na Europa o índice de penetração não ultrapassa os 2%.
De acordo com Mota, a única exceção é o Reino Unido, que em 2010 teve 8% das vendas de livros direcionadas ao mercado digital. Segundo ele, o motivo da maior penetração neste mercado é a influência norte-americana no mercado britânico.
Mota afirma que o mercado europeu de livros digitais deve dobrar nos próximos anos, mas para isso, é preciso que os editores, distribuidores e livreiros entendam o momento do livro no continente. “O copyright ainda é o fator determinante para a manutenção da criatividade”, comenta.