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SÃO PAULO – A Duratex (DURA4) e a Satipel (SATI3) comunicaram nesta segunda-feira (22) a união de suas operações, resultando na criação da maior indústria de painéis de madeira industrializada do hemisfério sul e uma das maiores do mundo.
A sociedade resultante contará com uma capacidade instalada de quatro milhões de metros cúbicos anuais de painéis de madeira industrializada, com sete linhas contínuas, sendo quatro de MDF (Medium Density Fiberboard) e três de MDP (Medium Density Particleboard).
Vale ressaltar também que a empresa contará com três linhas de chapas de fibra instaladas em cinco fábricas “estrategicamente localizadas”. A área florestal terá à disposição 209 mil hectares com florestas plantadas e certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council).
Surge a nova Duratex S.A
De acordo com o comunicado, a operação se dará por meio da reorganização societária na qual a Satipel incorporará a Duratex, cujos acionistas receberão ações ordinárias a serem emitidas pela primeira. A companhia resultante será denominada Duratex S.A, com ações listadas no Novo Mercado.
Com a fusão, a companhia também ganhará o título de segunda maior produtora de louças sanitárias do Brasil e de empresa líder na produção de metais sanitários, também no mercado brasileiro, informou a Itaúsa e a Companhia Ligna de Investimentos, controladoras das empresas.
Detalhes da operação
Após a incorporação as ações da Duratex serão substituídas por aquelas da Satipel. Serão emitidas 348.785.970 ações ordinárias a serem atribuídas aos acionistas da primeira, sendo 3,05360401 ações da Satipel por ação ordinária da Duratex detida pelos controladores e 2,54467001 papéis da Satipel por ação ordinária e preferencial da Duratex.
O Conselho de Administração da empresa resultante será formado por nove membros, sendo quatro indicados pelos controladores da Duratex, dois pelos controladores da Satipel e três membros independentes. O presidente será Salo Davi Seibel e o presidente executivo será Henri Penchas.
Até a efetivação da operação, que deve ser aprovada pelos acionistas de ambas as companhias, as suas ações continuarão a ser negociadas de forma independente. No mesmo sentido, as operações no Brasil e exterior, inclusive a de suas subsidiárias, com clientes, fornecedores e credores permanecem inalteradas.