Dólar fecha estável após chegar perto de R$ 5 com impulso vindo dos EUA

Índice de preços ao produtor dos Estados Unidos, que subiu 0,3%, acima da expectativa, chegou a impulsionar a moeda americana mais cedo

Reuters

Dólar e Real (Foto: Getty Images)

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SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista encerrou a sexta-feira mais uma vez praticamente estável ante o real, após ter se reaproximado pela manhã dos 5,00 reais, na esteira da divulgação de novos números de inflação nos Estados Unidos, que vieram acima do esperado.

A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a 4,9675 reais na venda, em leve baixa de 0,02%. Na semana reduzida em função do Carnaval, o dólar acumulou alta de 0,16%.

Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a 4,9740 reais.

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Como nas outras sessões desta semana, o dólar oscilou em margens bastante estreitas nesta sexta-feira, com agentes demonstrando cautela nos negócios a despeito de um certo reposicionamento dos investidores, no exterior, em relação ao futuro da política monetária nos Estados Unidos.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor(PPI, na sigla em inglês) para a demanda final aumentou 0,3% em janeiro, depois de uma queda revisada de 0,1% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1%, após uma queda de 0,2% relatada anteriormente. Nos 12 meses até janeiro, o índice subiu 0,9%, depois de ter avançado 1,0% em dezembro.

O PPI foi mais um indicador de preços, referente a janeiro, que veio acima do projetado pelo mercado. Além dele, o índice de preços ao consumidor (CPI), divulgado na terça-feira, e o índice de preços de importação, anunciado na quinta-feira, vieram acima das expectativas, lembrou Lais Costa, analista da Empiricus Research.

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Com o anúncio do PPI, ocorrido às 10h30, os rendimentos dos Treasuries subiram e o dólar ganhou força ante diversas divisas no exterior, com investidores avaliando que o corte de juros pelo Federal Reserve pode ser adiado para o segundo semestre.

No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de 4,9902 reais (+0,43%) às 11h23, na esteira do movimento global.

“Quando bateu em 4,99 reais, o exportador vendeu bem (dólares) e houve desmonte de posições compradas (no mercado futuro)”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, lembrando que isso tem ocorrido sempre que as cotações se aproximam dos 5,00 reais.

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As vendas de dólares nos mercados spot e futuro, somada à perda de força da divisa dos EUA também no exterior, fizeram a divisa à vista no Brasil marcar a mínima de 4,9602 reais (-0,17%) às 12h14.

No restante da sessão, o dólar oscilou próximo da estabilidade, com investidores mantendo posições antes do fim de semana prolongado nos EUA –em função do feriado do Dia do Presidente, o mercado norte-americano seguirá fechado na segunda-feira.

Às 17:14 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,04%, a 104,300.

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Pela manhã, o BC vendeu 13.000 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de abril.