Dólar sobe 1,8% em meio a correção, aumento das tensões entre EUA e China e incerteza sobre estímulos

Moeda teve comportamento volátil em sessão de menos movimento em outros ativos

Ricardo Bomfim

(Crédito: Pixabay)

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SÃO PAULO – O dólar disparou nesta segunda-feira (3), mas não apenas ante o real. Hoje, os câmbios globais enfrentam um movimento de flight to quality diante do aumento nas incertezas do ambiente macroeconômico.

Segundo Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora, o avanço no número de casos do coronavírus em diversos países que saíram de suas quarentenas se conjugou a uma correção depois da forte desvalorização da moeda americana no mês passado. “O dólar vinha caindo há tempos e hoje está havendo um ajuste em relação às outras moedas, principalmente as de países emergentes”, conta.

Em julho, a moeda dos EUA perdeu 4,04% do seu valor ante o real.

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Para Iha, também contribuem para esse movimento de compras no dólar a demora para sair uma definição no debate que ocorre no Congresso dos Estados Unidos acerca de um estímulo de US$ 1 trilhão para enfrentar os impactos econômicos da pandemia.

Com isso, o dólar comercial fechou em alta de 1,83% a R$ 5,3122 na compra e a R$ 5,3142 na venda. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a subir mais de 2%, chegando a R$ 5,3311. Já o contrato futuro do dólar para setembro avança 2,07% a R$ 5,337 no after-market.

Um outro fator que incerteza é a disputa entre Estados Unidos e China, que no mês passado foi movimentada pelo fechamento de consulados dos dois lados e hoje ocorre no âmbito da polêmica do aplicativo TikTok.

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O presidente americano, Donald Trump, ameaçou banir o TikTok dos EUA acusando a empresa chinesa dona do app, a ByteDance, de oferecer riscos à privacidade e segurança de dados dos usuários. A Microsoft anunciou no domingo que pretende comprar o TikTok em território americano.

Ricardo Kazan, gestor da Novus Capital, aponta que não são claros os motivos que levam o câmbio a se comportar de maneira tão díspar da Bolsa, que hoje registra leves ganhos. No entanto, ele destaca que o real não está descolado das outras moedas. “México e Brasil estão andando juntos”, explica.

Hoje, o peso mexicano recua 1,74% a US$ 0,044.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.