Dólar recua com alívio em juros futuros e de Treasuries e por sinais de Campos Neto

Mais cedo, o IBGE informou que a taxa de desemprego caiu de forma significativa em 3 das 27 unidades federativas

Estadão Conteúdo

Dólar (Foto: Getty Images)

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O dólar recua ante o real na manhã desta quarta-feira, 22, após abertura com viés positivo no mercado de câmbio.

Os investidores ajustam posições de olho na queda dos juros futuros e dos rendimentos dos Treasuries, antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira, 22.

O alívio vem após a ata do Fed reforçar que as autoridades monetárias julgam necessário manter juros restritivos por mais tempo, embora o mercado aposte em fim do aperto de juros e possível início de corte em maio de 2024.

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Há otimismo também com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que há espaço para cortar a Selic sem efeito no mercado de câmbio.

O dirigente do BCB reforça sinais dados na noite de terça-feira, 21, em entrevista à TV Bloomberg, de que “cortes de juros de 50 pontos-base são o ritmo apropriado a seguir para os próximos dois encontros” do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que não devem afetar o câmbio, dado que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos continuará elevado. Para ele, há dissonância grande entre o que mercado espera e o que governo promete na área fiscal.

No radar ainda há a expectativa pelas votações dos projetos de lei dos fundos de alta renda e offshore e das apostas esportivas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que foram adiadas de ontem para hoje.

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Mais cedo, o IBGE informou que a taxa de desemprego caiu de forma significativa em 3 das 27 unidades federativas entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023.

Na Europa, o enfraquecimento da economia da zona do euro amplia riscos para a estabilidade financeira do bloco, aumentando os efeitos do aperto monetário, avalia o Banco Central Europeu (BCE), em relatório divulgado nesta quarta. Segundo o documento, as perspectivas para estabilidade financeira na zona do euro “permanecem fracas”, conforme a transmissão da política monetária se propaga pela economia real e tensões geopolíticas geram temores de novos choques.

“As fracas perspectivas econômicas, juntamente com as consequências da alta inflação, estão prejudicando a capacidade das pessoas, empresas e governos de pagar suas dívidas”, enfatizou o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos.

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Às 9h50, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 4,8933. O dólar para dezembro recuava 0,11%, a R$ 4,8965.