Dólar leva exportadoras para alta de 10% na semana; Nordeste “salva” Ser

Semana foi marcada por correção do Ibovespa e disparada do dólar; somente 15 das 68 ações do índice encerraram em alta

Paula Barra

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SÃO PAULO – Passado fevereiro, que marcou o melhor mês da Bolsa desde janeiro de 2012, o Ibovespa entrou em movimento de correção essa semana – marcando sua primeira queda após quatro semanas seguidas de altas. Nos cinco pregões, apenas em um o índice registrou alta. Diante desse mau humor do mercado, somente 15 das 68 ações do benchmark fecharam a semana em alta, com os papéis de empresas exportadoras destoando na frente, beneficiadas pela disparada do dólar frente ao real.

Do lado negativo, apareceram as ações da ALL (ALLL3), que entraram em uma sequência de quedas desde o dia 27 de fevereiro, perdendo praticamente metade do rali iniciado em meio às especulações (05/02) de que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovaria a fusão da companhia com a Rumo, controlada pela Cosan (CSAN3) e posteriormente após sua oficialização, dia 11 de fevereiro.  

Na sequência, figuraram os papéis da Estácio, em meio às indefinições sobre as novas regras do Fies (programa de financiamento estudantil) propostos pelo Ministério da Educação. Para piorar, na quarta-feira, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do Ministério da Educação, disse à Agência Estado Broadcast que os alunos das redes de ensino superior das regiões Norte e Nordeste terão prioridade no processo de inscrição no Fies. Uma exceção no setor foi a Ser (SEER3), que é negociada fora do índice, e subiu 10,56%, a R$ 11,94, já que possui forte exposição ao nordeste. 

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A lista das maiores quedas da Bolsa incluem ainda os papéis da Gol, penalizados pela disparada do dólar, já que boa parte dos seus custos estão em moeda americana. Além de blue chips como Vale (VALE3, R$ 19,59, -7,81%; VALE5, R$ 17,10, -7,62%) e Petrobras (PETR3, R$ 9,09, -4,11%; PETR4, R$ 9,24, -3,45%). A mineradora foi penalizada por notícias ruins vindas da China, maior destino de suas exportações, levando junto a Bradespar (BRAP4, R$ 12,30, -7,10%), holding que detém participação na mineradora, enquanto a Petrobras esteve no holofote do mercado em meio aos desdobramentos das investigações sobre a Lava Jato, anúncio de desinvestimentos (o que foi visto como positivo pelo mercado mas ofuscado pelas incertezas sobre sua situação financeira) e sinal verde de seu conselho de administração para capitalização de até US$ 19,1 bilhões. 

Entre as altas, os destaques ficaram com as ações do setor de papel e celulose Klabin, Suzano e Fibria, assim como as siderúrgicas Usiminas e Gerdau, ambas com perfil exportador. No caso da Suzano e Gerdau, as duas divulgaram também resultados nessa semana. Quem destoou entre as exportadoras foi a Embraer, que foi fortemente penalizada na quinta-feira por conta do seu balanço do quarto trimestre, registrando no acumulado da semana uma alta mais amena. 

Confira a lista das maiores altas e baixas:

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Maiores altas Maiores baixas
Empresas Ticker Variação Empresa Ticker Variação
 Klabin KLBN11  +10,44%  ALL  ALLL3 -17,74%
 Suzano SUZB5  +9,45%  Estácio ESTC3 -13,47%
 Fibria FIBR3  +8,17%  Marfrig MRFG3 -10,79%
 Usiminas USIM5  +7,02%  CCR CCRO3 -9,72%
 Oi PN OIBR4  +5,72%  Natura NATU3 -9,67%
 Metalúrgica Gerdau GOAU4  +4,93%  Gol GOLL4 -9,25%
 JBS JBSS3  +4,87%  Eletrobras PN ELET6 -9,09%
 Gerdau GGBR4  +4,13%  PDG Realty PDGR3 -8,51%
 Duratex DTEX3  +3,69%  Ecorodovias ECOR3 -7,97%
 Braskem BRKM5  +3,05%  Vale ON VALE3 -7,81%
 Embraer EMBR3  +1,33%  BR Malls BRML3 -7,75%