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Dólar fecha em queda pela 8ª sessão seguida, a R$ 5,63, à espera de dados dos EUA

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,73%, a R$5,6485

Camille Bocanegra Agências de notícias

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O dólar completou nesta terça-feira a oitava sessão consecutiva de perdas, a R$ 5,63, dando continuidade ao movimento mais recente de valorização dos ativos brasileiros, com investidores à espera da divulgação de novos dados econômicos nos EUA no restante da semana. A expectativa de novo alívio na política tarifária dos EUA também favorecia algumas moedas de emergentes, como o real.

Nesta terça, o relatório JOLTs  informou que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos caíram de forma acentuada em março, mas um declínio nas demissões sugeriu que o mercado de trabalho permaneceu em uma base sólida, apesar de uma política tarifária em constante mudança estar fomentando incertezas sobre a maior economia do mundo.

As vagas de emprego em aberto, uma medida da demanda de mão de obra, caíram em 288.000, para 7,192 milhões no último dia de março, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório Jolts nesta terça-feira.

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Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Na cena doméstica, em entrevista coletiva nesta terça, Galípolo reforçou que segue vigente a visão apresentada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em março, quando a taxa básica Selic subiu 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, e o colegiado indicou aumento de menor magnitude em maio.

“A gente está respondendo a uma dinâmica de inflação que é desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo”, disse Galípolo.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em queda de 0,31%, a R$ 5,630 na compra e R$ 5,631 na venda. Nos últimos oito dias úteis a divisa acumulou perdas de 4,42%. Em abril a moeda acumula queda de 1,34%.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,49%, a R$ 5,630.

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,73%, a R$5,6485.

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Dólar comercial

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O que aconteceu com o dólar hoje?

A moeda norte-americana seguiu nesta terça-feira o roteiro de sessões recentes: registrou leves ganhos na abertura e migrou para o território negativo na sequência.

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“O dólar está dando continuidade à tendência de baixa da última semana. Na realidade, é mais do mesmo, com o mercado à espera de dados relevantes na semana, como o PIB norte-americano na quarta e o payroll na sexta”, comentou durante a tarde João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos.

“Dependendo de como vierem estes dados, será possível dar um direcionamento melhor no câmbio”, acrescentou.

No mercado, a percepção é de que os números podem trazer uma visão mais clara sobre o rumo da economia dos EUA, que lida atualmente com dilemas trazidos pela guerra tarifária do governo de Donald Trump.

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Nesta terça-feira, a Casa Branca informou que Trump assinará um decreto para amenizar o impacto de suas tarifas no setor automotivo. Autoridades do governo disseram que as medidas aliviarão algumas tarifas sobre peças estrangeiras para carros fabricados nos EUA, enquanto os importadores não terão que pagar taxas acumuladas sobre carros e materiais usados para fabricá-los.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, avaliou que os ativos brasileiros — como o real e as ações do Ibovespa — vêm sendo beneficiados pelo fluxo de investimentos vindo do exterior.

“A tendência permanece mesmo diante da indefinição sobre as negociações comerciais entre EUA e China. Contudo, a amplitude do dólar hoje está limitada pela expectativa do payroll americano na sexta-feira e pelas decisões de juros do Federal Reserve e do Copom na próxima semana, o que mantém investidores em compasso de espera”, ponderou.

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Neste cenário, após marcar a máxima de R$5,6640 (+0,27%) às 9h07, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6201 (-0,50%) às 12h21.

Em relação ao Copom, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira que segue vigente a visão apresentada em março, quando a taxa básica Selic subiu 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, e o colegiado indicou aumento de menor magnitude em maio.

“A gente está respondendo a uma dinâmica de inflação que é desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo”, disse Galípolo.

No exterior, às 17h36 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — subia 0,15%, a 99,186. No entanto, a moeda dos EUA cedia ante o peso mexicano e o peso colombiano.

No Brasil, pela manhã o Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.

(com Reuters)