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Dólar hoje sobe a R$ 5,59, com acordo EUA-UE e ameaça de tarifa sobre o Brasil

Alguns senadores buscam um acordo comercial faltando poucos dias para implementação do tarifaço

Felipe Moreira

(Stock Adobe/Montagem IM - Leo Albertino)
(Stock Adobe/Montagem IM - Leo Albertino)

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O acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia fez o dólar subir nesta segunda-feira ante todas as demais divisas ao redor do mundo, incluindo o real, com investidores no Brasil também dando preferência a posições defensivas na moeda norte-americana, a poucos dias do tarifaço de Donald Trump sobre os produtos brasileiros.

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Na avaliação do Bradesco BBI, crescem os temores diante da falta de acordo entre Brasil e Estados Unidos, especialmente depois que Donald Trump reafirmar que não irá adiar o prazo para a vigência de novas tarifas sobre produtos importados de outros países. Ainda assim, alguns senadores brasileiros tiveram uma primeira reunião de trabalho no sábado, em Washington, em busca de um acordo.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia com alta de 0,54%, aos R$ 5,5925, no maior valor desde 4 de junho, quando encerrou a R$ 5,645. No ano, porém, o dólar acumula baixa de 9,49%.

Às 17h06 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,54%, aos R$5,5975.

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O que aconteceu com dólar hoje?

No fim de semana, EUA e União Europeia fecharam um acordo prevendo tarifa de 15% sobre os produtos europeus, em um entendimento que foi bem recebido pelo mercado. Isso deu força ao dólar ante as demais divisas e aos rendimentos dos Treasuries, em meio à percepção de que a guerra comercial foi em parte amenizada pelos acordos recentes dos EUA.

No Brasil, após registrar uma cotação mínima de R$5,5686 (+0,12%) às 10h04, o dólar à vista marcou a máxima de R$5,6069 (+0,80%) às 10h47, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante as demais divisas.

Internamente, a cautela antes do início da cobrança, pelos EUA, de tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, no dia 1º de agosto, também favorecia o posicionamento de parte dos investidores no dólar. A segunda-feira foi mais um dia sem novidades sobre possível negociação comercial entre Brasil e EUA.

“Mesmo diante das valorizações das commodities, como minério de ferro e petróleo, a cautela prevaleceu nos mercados emergentes, aumentando a demanda por proteção cambial”, pontuou no fim da tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

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Às 17h15, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 1,07%, a 98,652, com ganhos fortes da moeda norte-americana ante o iene, o euro e a libra.

(Com Estadão e Reuters)