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Dólar cai 1,37%, a R$ 5,72, com falas de Galípolo e noticiário dos EUA

Donald Trump criticou o presidente do Fed, Jerome Powell

Felipe Moreira

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O retorno do feriado prolongado no Brasil foi marcado pela queda firme do dólar ante o real nesta terça-feira, superior a 1%, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior, em sessão influenciada ainda por fala dura do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em relação à inflação.

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 1,37%, aos R$5,7272 — menor cotação desde 4 de abril, quando e encerrou em R$5,6651. No mês, no entanto, a divisa ainda acumula elevação de 0,36%.

Às 17h04 na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,32%, aos R$5,7360.

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O que aconteceu com dólar hoje?

O real ampliou ganhos ante o dólar na sessão de hoje. O movimento ocorre paralelamente a um ensaio de melhora do Ibovespa na esteira da ampliação dos ganhos nas bolsas em Nova York.

Anilson Moretti, da HCI Invest, atribui a queda do dólar à valorização das commodities, impulsionadas por novos estímulos na China.

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Investidores seguem atentos às negociações tarifárias, principalmente entre EUA e China, afirma.

Os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora se concentram no Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e em seu presidente Jerome Powell, aumentando a pressão por cortes de juros, destaca a fonte. “O foco do mercado está na decisão do Fed em 7 de maio, com expectativas de manutenção da taxa e possível corte em junho, dependendo de dados econômicos.”

A saída de capital estrangeiro da Bolsa brasileira e a falta de fluxo estrangeiro novo limitam a queda do dólar frente ao real.

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Além disso, Moretti afirma que a queda dos juros futuros reduz a atratividade do real, o que também acaba limitando o recuo da moeda norte-americana.

No exterior, dólar oscilava em torno das menores cotações em vários anos em relação ao euro e ao franco suíço nesta terça-feira, conforme ataques do presidente Donald Trump ao Federal Reserve levantavam preocupações com a independência do banco central dos EUA.

Analistas disseram que o dólar ficou em um estado especialmente frágil em meio às preocupações do mercado com as tarifas do governo dos EUA, que podem desencadear uma guerra comercial global.

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As dúvidas sobre a independência do Fed ameaçam o valor do dólar como moeda de reserva, com os analistas observando possíveis desinvestimentos do que muitos consideram uma exposição excessiva a ativos dos EUA.

(Com Reuters e Estadão)