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O dólar à vista opera em baixa perante o real nesta sexta-feira (19), após iniciar a sessão ligeiramente positivo, com o mercado atento à operação da Polícia Federal que mira deputados da oposição ao governo Lula e após leilões do Banco Central no mercado de câmbio. O BC vendeu oferta total de US$ 2 bilhões em dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra simultâneos.
Os leilões buscam atender à maior demanda por moeda neste fim de ano, quando empresas tradicionalmente enviam recursos ao exterior para pagamento de dividendos.
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O Orçamento de 2026 deve ser votado às 12h no Congresso após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negociar um calendário de pagamento de emendas com os parlamentares e ter aprovado um projeto de corte em benefícios tributários e taxação de bets, fintechs e Juros Sobre Capital Próprio (JCP). O relator do Orçamento no Congresso Nacional, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), apresentou o parecer geral da proposta com um superávit de R$ 34,5 bilhões nas contas públicas e alocou um total de R$ 61 bilhões em emendas parlamentares em ano eleitoral.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 11h01, o dólar à vista operava em baixa de 0,27%, aos R$ 5,507. O contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,02% na B3, aos R$ 5,536.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,507
- Venda: R$ 5,507
O que aconteceu com dólar hoje?
A sexta-feira começou com a notícia de que a Polícia Federal deflagrou operação que mira os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) por supostos desvios de recursos de cotas parlamentares. Os dois são alvos de mandados de busca e apreensão.
Sóstenes é líder do PL na Câmara e foi um dos principais articuladores do projeto de lei da Dosimetria, que altera as penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro e pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na frente de dados, o Brasil registrou em novembro ingresso de investimentos diretos bem acima do esperado, enquanto o déficit em transações correntes ficou em linha com as expectativas, mostraram dados do Banco Central nesta sexta-feira.
No mês, os investimentos diretos no país alcançaram US$9,820 bilhões, bem acima dos US$6,5 bilhões projetados em pesquisa da Reuters e contra US$5,664 bilhões em novembro de 2024.
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Já o déficit em transações correntes foi de US$4,943 bilhões, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,47% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado veio em linha com a expectativa na pesquisa, que apontava para um saldo negativo de US$4,95 bilhões em novembro. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$4,418 bilhões
No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, disse nesta sexta-feira que não vê nenhuma necessidade iminente de seguir o corte da taxa de juros da semana passada com outro movimento de afrouxamento.
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O Banco do Japão elevou sua taxa básica para 0,75%, o maior nível em mais de 30 anos, e sinalizou a continuidade do ciclo de aperto se o cenário permitir, o que pode acarretar em ajustes nos valuations mundo afora daqui em diante
(Com Reuters)