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Dólar hoje sobe após dados de emprego nos EUA e ata do Copom

EUA criaram 64 mil vagas de trabalho em novembro, acima dos 50 mil previstas pelo consenso de mercado.

Felipe Moreira Agências de notícias

(Dimas Ardian/Bloomberg)
(Dimas Ardian/Bloomberg)

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O dólar à vista opera em alta ante o real nesta terça-feira (16), enquanto investidores digerem a ata da última reunião do Banco Central e o relatório de emprego nos Estados Unidos (payroll).

EUA criaram 64 mil vagas de trabalho em novembro, acima dos 50 mil previstas pelo consenso de mercado. Já taxa de desemprego subiu para 4,6%, também acima dos 4,4% esperados.

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Às 12h21, o dólar à vista operava com alta de 0,74%, aos R$ 5,463 na venda. O contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,43% na B3, haos R$ 5,456.

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A minuta do BC apontou ganhos gerados pela “condução cautelosa” dos juros, vendo contribuição determinante da política monetária para a desaceleração dos preços, e enfatizou firme compromisso com a meta de inflação.

Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, avalia que a ata do Copom adotou um tom cauteloso ao afastar, por ora, o início do ciclo de cortes da Selic, indicando preferência por aguardar novos dados. Segundo ela, essa postura pode reduzir o apetite por ações brasileiras, ao mesmo tempo em que preserva o diferencial de juros, mantendo o Brasil atrativo para o fluxo de capital estrangeiro.

Na avaliação de Lauro Sawamura Kubo, gestor de fundos de investimento da Patagônia Capital, a ata do Copom indica a necessidade de prolongar a política monetária restritiva, adiando as expectativas de cortes de juros de curto prazo. As projeções de cortes mais rápidos, anteriormente esperadas, foram postergadas, com a possibilidade de início no final do primeiro trimestre ou início do segundo.

No exterior, os EUA criaram 64 mil vagas de trabalho em novembro, acima dos 50 mil previstas pelo consenso de mercado. Já taxa de desemprego subiu para 4,6%, também acima dos 4,4% esperados.

Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, moderação no mercado de trabalho não deve alterar plano de voo do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).  “Os dados dos últimos meses apontam para um mercado de trabalho em moderação, mas a inflação segue pressionada. Depois dos três cortes realizados desde setembro, os juros agora estão dentro do intervalo das estimativas do nível neutro, o que deixa o Fed em uma posição mais confortável para esperar, observar os dados e só então decidir os próximos passos. Nesse contexto, um novo corte de juros em janeiro nos parece pouco provável.”

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(Com Reuters)