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Dólar hoje sobe 1% enquanto mercado monitora candidatura de Flávio Bolsonaro

Os investidores também estão de olho em indicadores nos EUA

Felipe Moreira

Notas de 100 dólares
27/01/2025 REUTERS/Luisa González
Notas de 100 dólares 27/01/2025 REUTERS/Luisa González

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O dólar à vista opera com alta perante o real nesta terça-feira (9), com investidores ainda monitorando os desdobramentos da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026, enquanto no exterior a moeda norte-americana mostra estabilidade ante uma cesta de divisas fortes.

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Às 10h45, o dólar subia 1,09%, cotado a R$ 5,481 na venda. O contrato de dólar futuro para janeiro – atualmente o mais líquido no Brasil – avançava 0,61% na B3, aos R$ 5,492.

Na segunda-feira o dólar à vista fechou em baixa de 0,23%, aos R$5,4220.

Às 11h30 o Banco Central realiza leilão de 50.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro.

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O que mais aconteceu com dólar?

Na noite de segunda-feira o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reafirmou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, preso por tentativa de golpe de Estado. Tarcísio disse que vai apoiar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, ao Palácio do Planalto.

“Eu sempre disse que eu ia ser leal ao Bolsonaro, que eu sou grato ao Bolsonaro e eu tenho essa lealdade, é inegociável”, disse Tarcísio a jornalistas em Diadema.

Flávio, por sua vez, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que sua candidatura é “irreversível” e “não está à venda”, descartando a possibilidade de Tarcísio também ser candidato. “Eu acho que não tem um cenário de eu ser candidato e ele ser”, afirmou.

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O mercado tem reagido mal à pré-candidatura de Flávio, que é visto como um nome mais fraco que Tarcísio em eventual disputa eleitoral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na segunda-feira, em meio a especulações de que Flávio pudesse desistir da candidatura, após o próprio senador ter sugerido essa possibilidade no domingo, o dólar fechou a sessão em leve baixa de 0,23%, aos R$5,4220. O movimento esteve longe de compensar a disparada de 2,34% de sexta-feira, quando os agentes reagiram negativamente ao anúncio sobre Flávio.

Os investidores também estão de olho no índice de otimismo das pequenas empresas da NFIB (National Finance and Investments Board) dos EUA para novembro, bem como na Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS) de outubro, que será divulgada ainda nesta sessão.

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Os investidores passaram a reduzir as apostas em cortes de juros para 2026, diante do aumento do ceticismo sobre o quão moderado será Kevin Hassett, favorito para substituir Jerome Powell na presidência do Federal Reserve. O mandato de oito anos de Powell termina em maio, e a percepção no mercado é de que o nome apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode adotar uma postura menos acomodatícia do que a inicialmente esperada.

Ainda assim, a expectativa de que o Fed promova um afrouxamento da política monetária nesta semana é praticamente consensual. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os contratos futuros de Fed Funds atribuem probabilidade implícita de 89,4% a um corte de 25 pontos-base na reunião de dois dias do Fed, que começa em 9 de dezembro.

(Com Reuters)

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