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Dólar hoje sobe a R$ 5,46, após 5 baixas seguidas com impasse Brasil-EUA em foco

Na semana, a moeda acumulou baixa de 2%

Felipe Moreira Agências de notícias

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O dólar à vista caía ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana em baixa, à medida que traders continuam monitorando o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos e com a perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve também no radar.

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Investidores aguardam uma reunião entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para tratar de um cessar-fogo na Ucrânia, diante da ameaça de Trump de ampliar sanções a Moscou.

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No cenário interno, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, defendeu o diálogo com os EUA após encontro com o encarregado de Negócios da Embaixada americana, Gabriel Escobar.

Qual a cotação do dólar hoje?

Às 10h37, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 5,416 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha alta de 0,21, a R$ 5,460 na venda.

Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,72%, a R$5,4235.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.

Dólar comercial

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O que aconteceu com dólar?

Assim como em toda a semana, o foco do mercado doméstico nesta sessão continuava em torno da questão do comércio, após a entrada em vigor na quarta-feira de uma tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, concretizando uma ameaça feita pelo presidente Donald Trump no mês passado.

Desde a primeira ameaça de Trump, os agentes financeiros têm monitorado as tentativas do governo brasileiro de negociar com Washington, enquanto a Casa Branca excluiu alguns produtos do Brasil da taxa punitiva, incluindo energia, aeronaves e suco de laranja.

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Após semanas sem um aparente avanço nas negociações entre os dois países, os investidores têm reagido positivamente à confirmação pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que terá uma conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na próxima semana.

Nesta sexta, entretanto, predominava a cautela, com os agentes sem fazer grandes apostas para qualquer direção.

Há também expectativa de que o governo apresente na semana que vem um plano de contingência para ajudar as empresas e setores mais atingidos pela taxação dos EUA. Na véspera, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o plano deve ser anunciado até a próxima terça-feira.

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Três fontes com conhecimento direto das discussões afirmaram à Reuters na quinta que o governo estuda destinar cerca de R$30 bilhões em crédito com condições diferenciadas para apoiar empresas nacionais impactadas pelo aumento de tarifas.

No cenário externo, as atenções estão igualmente voltadas para a política comercial dos EUA, mas têm sido divididas com a perspectiva para os próximos meses sobre a política monetária do Fed, na esteira de dados recentes fracos de emprego e da indicação por Trump de um novo membro para a diretoria.

Ao longo da semana, operadores elevaram as apostas de que o banco central dos EUA vai retomar os cortes na taxa de juros a partir de setembro, o que fomentou os ganhos de uma série de moedas, incluindo o real, durante sessões recentes.

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Trump disse na quinta-feira que nomeará o presidente do Conselho de Assessores Econômicos, Stephen Miran, para ocupar a vaga aberta na diretoria do Fed. Ele permanecerá no cargo até janeiro após a renúncia inesperada da diretora Adriana Kugler na semana passada.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,26%, a 98,233.

(Com Reuters e Estadão)