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Dólar sobe a R$ 5,46, acompanhando exterior e após o governo defender IOF no STF

Governo ingressou com ação no STF para anular a decisão do Congresso que derrubou a alta do IOF

Felipe Moreira Agências de notícias

Notas de dólares e moedas de real: os impactos do câmbio (Imagem gerada com auxílio IA/Leonardo Albertino)
Notas de dólares e moedas de real: os impactos do câmbio (Imagem gerada com auxílio IA/Leonardo Albertino)

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Após atingir na véspera a menor cotação desde setembro do ano passado, o dólar fechou a terça-feira em alta ante o real, acompanhando por um lado o avanço da divisa dos EUA também no exterior e por outro o embate entre governo e Congresso sobre o IOF no Brasil.  

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Em Brasília, o governo decidiu que ingressará nesta terça no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para tentar anular a decisão do Congresso que derrubou a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou com alta de 0,48%, aos R$5,4610, depois de ter atingido na segunda-feira o menor valor desde 19 de setembro. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 11,62%. 

Às 17h04 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,48%, aos R$5,5005.

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O que aconteceu com dólar hoje?

Depois de oscilar no território negativo na abertura, o dólar ganhou força no Brasil com alguns agentes aproveitando os preços mais baixos para comprar moeda, em movimento amparado ainda pela cautela em torno da disputa entre governo e Congresso sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o decreto do governo que elevou alíquotas do imposto, derrubado pelo Congresso Nacional.

Pela manhã, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou em evento em São Paulo que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer ao Supremo é mais jurídica do que econômica ou política. Durigan disse que é normal da democracia o presidente defender suas prerrogativas constitucionais e afirmou que não faltará da parte dele, e da equipe econômica disposição para dialogar com o Congresso.

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No mercado de câmbio, além do desconforto com a possibilidade de retorno das alíquotas mais altas, agentes avaliavam que o embate entre governo e Congresso eleva as incertezas.

O viés positivo para o dólar se intensificou no fim da manhã, após o Departamento do Trabalho dos EUA, em sua pesquisa Jolts, informar que as vagas de emprego em aberto — uma medida da demanda por mão de obra — subiram em 374.000, para 7,769 milhões, no último dia de maio. Economistas consultados pela Reuters previam 7,30 milhões de vagas.

Os números deram força à leitura de que o Federal Reserve pode não ter tanto espaço para cortar juros no curto prazo, o que impulsionou o dólar ante várias outras divisas e os rendimentos dos Treasuries.

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Neste cenário, após registrar a cotação mínima de R$5,4204 (-0,27%) às 9h06, logo depois da abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,4712 (+0,67%) às 15h22.

Às 17h14, o índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,04%, a 96,717.

(Com Reuters)