Dólar fecha acima dos R$ 4,20 pela primeira vez na história seguindo exterior e fluxo fraco

Após início de sessão com expectativa por acordo entre EUA e China, últimas notícias esfriaram expectativas dos investidores

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após um início de sessão em que apontava para queda, o dólar virou para alta nos minutos finais e fechou acima dos R$ 4,20 pela primeira vez, na maior cotação nominal de fechamento da história. A divisa comercial americana fechou em alta de 0,30%, a R$ 4,2055 na compra e a R$ 4,2061 na venda.

Até então, a cotação de encerramento do dia 13 de setembro de 2018 (R$ 4,1957 na venda) era a mais alta.

O movimento de virada do dólar aconteceu em meio aos sinais de maior pessimismo da China sobre um acordo comercial com os Estados Unidos. A CNBC destacou que a visão dos chineses sobre um acordo é pessimista em meio à relutância de Donald Trump, presidente americano, em retirar as tarifas.

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Vale ressaltar que a sexta-feira, dia em que a bolsa brasileira esteve fechada por conta do feriado de Proclamação da República, foi de otimismo para os mercados mundiais.

Na sexta, o secretário de Comércio americano, Wilbur Ross, indicou à FOX TV, que o país poderia, em breve, finalizar um desenho de acordo com a China, o que trouxe ânimo.

Hoje, os investidores acordaram com mais novidades sobre a guerra comercial. O vice-primeiro-ministro chinês Liu He manteve conversas por telefone com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, na manhã de sábado, de acordo com a agência Xinhua.

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Durante as conversas, os dois lados tiveram “discussões construtivas” sobre as principais preocupações em relação ao fechamento da primeira fase do acordo comercial e concordaram em manter uma comunicação estreita. Contudo, com as novas informações sobre a China, o otimismo foi revertido.

Contribui ainda para o movimento do dólar a baixa liquidez do mercado nacional. “Semana com feriado em São Paulo no dia 20, sem agenda relevante e também com feriado de Ação de Graças nos EUA se aproximando (no dia 28) deve deixar mercado com liquidez fraca”, disse Luis Laudísio, trader de renda fixa da Renascença, para a Bloomberg.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.