Dólar cai e Ibovespa acelera ganhos após fala do presidente do Fed

Mercado opera com cautela antes de fala do presidente do Fed, que pode sinalizar como o banco central dos EUA responderá à desaceleração econômica

Ricardo Bomfim

(Divulgação)

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SÃO PAULO – O Ibovespa acelera alta e o dólar cai nesta sexta-feira (4) após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a economia americana está andando apesar dos obstáculos que enfrenta e a função do Fed é proporcionar que isso continue assim no futuro.

O mercado ainda teve os Estados Unidos em foco por conta do Relatório de Emprego, que mostrou a criação de 136 mil novas vagas de emprego em setembro, contra expectativa de 145 mil. A taxa de desemprego caiu para 3,5%, contra 3,7% esperados.

Às 16h04 o Ibovespa subia 0,66% a 102.184 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial tem queda de 0,69% a R$ 4,0606 na compra e a R$ 4,0611 na venda. O dólar futuro para novembro recua 0,56% a R$ 4,07.

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Nos juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai dois pontos-base a 4,86%, DI para janeiro de 2023 recua um ponto-base a 5,97% e o DI para janeiro de 2025 tem queda também de um ponto-base, a 6,59%.

Por aqui, busca-se um acordo na divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal, que ainda divide senadores e deputados e ameaça paralisar a tramitação da reforma da Previdência, que só precisa ser aprovada em segundo turno no Senado para finalmente ser enviada à sanção presidencial e passar a valer.

O governo entrou com uma solução conciliadora, dividindo os R$ 106,5 bilhões do leilão de modo que estados, municípios e parlamentares fiquem cada um com 10% ante os 15% anteriormente combinados, que seriam repartidos entre prefeitos e governadores. Mais 3% seriam distribuídos aos estados produtores de petróleo.

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No corporativo, destaque para o pedido da Caixa de falência da Odebrecht. Destaque ainda para as declarações do secretário especial de desestatização, Salim Mattar, de que o governo não pretende privatizar em seu mandato a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras.

Payroll

Os Estados Unidos criaram 136 mil novas vagas de emprego em setembro, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta sexta.

O resultado veio abaixo da mediana das projeções dos economistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um acréscimo de 145 mil empregos. Em julho, a criação de empregos foi de 130 mil.

Já a taxa de desemprego em setembro ficou em 3,5%. A expectativa era de manutenção em 3,7%.

Enquanto isso, não houve ganho médio salarial por hora ante o mês anterior, ante expectativa de alta de 0,2% no comparativo mensal.

Noticiário Corporativo

Com dívidas de cerca de R$ 100 bilhões e em processo de recuperação judicial (RJ), a Odebrecht enfrenta, agora, um pedido de falência de um dos seus maiores credores, a Caixa. O banco estatal busca ainda que a Justiça dê aos credores o direito de nomear novos administradores para o conglomerado e suas subsidiárias em uma assembleia. Já o Banco do Brasil (BBAS3) solicitou à Justiça a anulação da RJ, obrigando o grupo a apresentar uma nova proposta, diz a Folha.

Enquanto isso, a Braskem (BRKM5), principal ativo do grupo Odebrecht, anunciou ontem a distribuição de dividendos obrigatórios correspondentes a 25% do lucro líquido ajustado, no montante de R$ 667,418 milhões. Os dividendos serão pagos com base na posição acionária de hoje, porém a empresa ainda não divulgou a data.

Ainda no corporativo, destaque para as declarações do secretário especial de desestatização, desinvestimentos e mercados, Salim Mattar, de que a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras (PETR3; PETR4) não serão privatizadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, porém, Bolsonaro é favorável ao movimento de privatizações e de redução do tamanhos do Estado. No caso da Eletrobras, Mattar ressaltou que a sua venda depende do Congresso.

A Gol informou os dados prévios de setembro, que apontaram, no mercado doméstico, aumentos de 7% na oferta (ASK) e de 11,5% na demanda (RPK). A taxa de ocupação doméstica ficou 82,0%, alta de 3,3 p.p. ante setembro do ano passado. De forma consolidada, com as operações internacionais, a oferta avançou 11,0%, com o aumento de 10,7% no total de assentos e de 10,1% de decolagens. A demanda total subiu 15,5% e a taxa de ocupação foi 81,2%.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.