Dólar abre em queda na primeira sessão do ano, valendo R$ 1,860

Moeda é influenciada por indicador chinês; segundo analista, incertezas na Europa seguirão no front dos mercados neste ano

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Na primeira sessão de 2012, o dólar comercial inicia os trabalhos em queda de 0,42%, valendo R$ 1,860 na venda. “Começamos 2012 sem perspectivas muito definidas para as questões em aberto de 2011”, define Jason Vieira, analista da Cruzeiro do Sul Corretora.

Segundo ele, a Europa continua a ser a grande dúvida do cenário, devido à ausência de um grande plano de ação que permita o controle fiscal da região e o resgate financeiro dos países envolvidos na crise.

“A mudança mais importante talvez seja o posicionamento italiano e espanhol quanto à situação em geral, mais do que as posições francesa e alemã, ambas permeadas por forte discordância”, espera o analista.

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Para Vieira, outro problema que deve permear o início deste ano é a questão chinesa e as possíveis medidas de estímulo econômico. “Ainda longe das notícias, tal situação deve permear a mente dos investidores em breve, com um maior número de indicadores econômicos negativos da segunda maior economia do mundo”, diz.

Do lado positivo destacado pelo especialista da Cruzeiro do Sul, os dados econômicos dos EUA, principalmente aqueles referentes ao varejo, poderão evitar uma piora da situação em geral. “Mas também mantém ativa a velha companheira volatilidade”, conclui.

China no radar
Influenciando a queda da divisa, na China, foi divulgado a sondagem industrial e a sondagem de serviços PMI (Purchasing Managers’ Index) de dezembro, que interrompeu sua tendência de queda dos últimos meses, e terminou 2011 apontando ligeira recuperação. Os dados oferecem a esperança de crescimento lento, mas constante em 2012, na segunda maior economia do mundo.

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O índice, em uma leitura preliminar da atividade manufatureira do país, subiu para 50,3 pontos em dezembro, indicando uma tendência de desaceleração estável para o crescimento econômico do país.

Indicadores
Na agenda desta segunda-feira, os investidores acompanharam divulgação feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) que apontou 0,79% em dezembro e fechou o ano com inflação de 6,36%.

No front externo, os mercados dos Estados Unidos permanecem fechados. Enquanto isso, a Markit Economics divulgou o PMI para a Alemanha e para a Zona do Euro, mostrando recuperação frente ao mês anterior, mas ainda indicando contração da atividade manufatureira.